Graça e paz a todos!
Percebo que uma das características do cristianismo professando por
uma enorme gama de crentes, é lastimavelmente e lamentavelmente a
superficialidade. É uma marca no seio da igreja hodierna.
Percebemos a falta de profundidade em nossa vida cristã, pelo
religiosismo morto, pela liturgia morna, pelo formalismo exacerbado
que está presente em muitos de nossos cultos e reuniões. Existem
palavras eruditas, mas não percebemos mensagens impactantes, um
arsenal de conhecimento brilhante em nossos púlpitos, homens que são
bons oradores, tem conhecimentos aprofundados no campo da
hermenêutica, da homilética e são ótimos exegetas, porém encontramos
um hiato entre seus sermões e sua vida, entre suas homilias e seu
caráter. Nós nos acostumamos a uma cultura que muito me lembra um
dito popular: Quando não é oito é oitenta.
A superficialidade de nossa vida cristã tem muitas vezes nos levado
aos extremos. De um lado temos uma grande multidão de crentes
analfabiblicos e extremamente voltada para o experiencialismo
subjetivista, baseando sua fé em supostas revelações, visões,
profecias e etc. Do outro lado temos os pseudo-teólogos, os céticos
intelectuais que se acham os portadores de possuidores de todo o
conhecimento, e que usam de forma mecânica, submetendo o estudo das
sagradas escrituras a técnicas humanas, para desta forma tentarem
manipular a Bíblia e também a mente dos incautos.
Homens que tem os melhores postulados teológicos sobre oração, mas
vivem uma vida cristã divorciada de oração. Tem os melhores
pressupostos sobre evangelismo, mas não ajudam em nada com seu
conhecimento os grupos que atuam na área, muitas vezes submetendo o
evangelismo bíblico, a mera panfletagem, quando homens chamados para
o ministério da palavra não somam em nada neste ramo. Poderíamos
citar diversos exemplos que certamente nos fariam refletir de forma
adulta sobre a profundidade de nossa fé e de nossa vida cristã, mas
creio já ter sido claro o suficiente!!!
Nós não precisamos de mudança litúrgica, nem tampouco na velha
rotina que levamos, mas precisamos na verdade, aprofundar as raízes
de nossa comunhão com Deus. Eu não posso divorciar conhecimento de
graça, experiência de ética, pratica de doutrina, porque se assim o
fizer estarei me enquadrando no dito popular que citei acima. É hora
de acordarmos dessa letargia, e passarmos a viver um cristianismo
vivo, pois Cristo o nosso Senhor está vivo, e atua no meio de sua
igreja!!! Precisamos crescer na graça e no conhecimento de Deus.
Viver uma vida de forma que a nossa formação teórica, ande de mãos
dadas com nossa vida de piedade e retidão!!!
A superficialidade doutrinária, teológica, devocional dentre tantas
outras é conseqüência de nossa superficialidade espiritual. Como
anda nosso relacionamento com Deus na prática? Temos sede de Deus ou
das bençãos de Deus. È hora de pesarmos na balança nossos conceitos
e nossos valores. Mais importante que fazer a obra de Deus, é
reverenciar o Senhor da obra, e mais importante que os benefícios de
Deus, é a sede que temos que ter de Deus como disse o salmista: Como
a corça suspira pelas correntes de água, assim por ti suspira a
minha alma!!!
Deixe as águas de Deus irem além dos tornozelos e mergulhe e se
aprofunde na intimidade de Deus, pra que não sejamos meros crentes
vazios de Deus e cheios de si!!! Existem muitas igrejas cheias de
pessoas vazias, e pra Deus isso não faz a diferença. Diga não a uma
vida de superficialidades em nome de Jesus!!!
Presbitero Alisson de Almeida
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