quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Acerca da Evangelização

Marcos 16:15-18.

Graça e paz da parte de Deus e da do Senhor Jesus Cristo.
Nesta feita quero compartilhar com os amados irmãos, um pouco do que
temos aprendido a respeito deste assunto que todo cristão devoto
considera de valor primordial e fundamental para o crescimento do
corpo místico de Cristo, isto é, sua igreja em toda a face da terra.
Existem textos bíblicos diversos que tratam deste assunto, por se
tratar de um tema vasto nas escrituras, a evangelização.Quero
iniciar este estudo citando o Evangelho de Marcos 16:15-18 que diz:
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer
será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome,
expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão nas serpentes; e
se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e
imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Creio em meu coração ser este um texto chave sobre o assunto em
foco. A priori vemos um imperativo de Cristo aos seus
discípulos: "Ide". Denota a idéia de ir, de partir e de sair. Temos
que nos mobilizar é a primeira mensagem deste texto. Creio que vem a
acalhar de forma pertinente esta mensagem em nossos dias, por serem
dias em que o comodismo espiritual tem levado muitas igrejas locais
a letargia espiritual e a omissão de sua responsabilidade para com o
mundo. A ordem de Cristo a sua igreja continua a mesma e o primeiro
passo é sairmos do comodismo em que estamos e sairmos das quatro
paredes da igreja, cumprindo de forma cabal este imperativo de
Jesus, Ide!
Por trás do ide existem inúmeras questões que são importantes. Não
basta simplesmente irmos de encontro ao mundo, se não tivermos um
alvo bem definido, se não tivermos uma estratégia de trabalho, se
não estivermos devidamente habilitados e cônscios da
responsabilidade, tanto quanto, dos obstáculos que certamente
enfrentaremos neste mister.Preciso primeiramente me preparar.
Perceba que Jesus Cristo teve grande preocupação em preparar os seus
discípulos para esta áurea missão. Já falei em outras mensagens
minhas e quem acompanha alguns de meus estudos certamente já leu que
não considero produtivo um evangelismo que a meu ver, é mais uma
panfletagem que um evangelismo bíblico. Pois reduzimos o evangelismo
a entrega de folhetos e panfletos e deixamos de pregar e ensinar as
pessoas o evangelho salvífico. Observemos por exemplo o texto de
Atos 8:26-40. Vemos ali que o anjo do Senhor falou que Filipe se
levantasse e fosse para a banda do Sul, no caminho que descia de
Jerusalém para Gaza e Filipe assim o fez. Encontrou um etíope, alto
funcionário de Candace, rainha dos etíopes o qual era
superintendente de todos os tesouros e este tinha ido a Jerusalém a
fim de adorar.O texto diz que ao regressar lia o livro do profeta
Isaías, e o Espírito disse a Felipe que se ajuntasse à carruagem do
eunuco.Felipe correu segundo a bíblia e se ajuntou a carruagem e
percebendo que o homem lia o profeta Isaias fez-lhe uma pergunta que
considero importantíssima: Entendes tu o que lês? Penso que isso
deveria nos fazer refletir sobre a questão da evangelização com mais
seriedade. Todo crente deveria fazer esta indagação primeiro a si e
depois aos demais como forma de teste, para saber se de fato houve
algum crescimento no conhecimento de Deus, por meio de sua infalível
revelação, a Bíblia Sagrada. A resposta do eunuco, talvez represente
a resposta da maioria das pessoas que lêem os folhetos e panfletos
que costumamos entregar em nossa maneira de evangelizar; Disse o
eunuco: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? Ele
responde com outra pergunta que é de uma sinceridade tamanha. O
homem natural não pode entender os mistérios de Deus porque lhes
parece loucura e não pode discernir. O homem espiritual é o que
discerne bem todas as coisas e de ninguém é discernido. Lembro-me do
dialogo de Cristo com o rabi Nicodemos. A linguagem da doutrina de
Cristo foi em extremo elevada em sua dimensão a ponto de um rabi
fazer confusão entre a dimensão da mensagem espiritual com
realidades físicas e carnais. Penso que precisamos sair munidos com
a mensagem que pode restaurar as vidas, com a mensagem de salvação,
com as boas novas do reino de Deus. Preciso conhecer a Deus e a sua
palavra para que a tarefa da evangelização seja eficiente. Não posso
ser um estudante superficial da Bíblia. Não posso me conformar em
ficar na água rasa. Deus quer que nos aprofundemos na plenitude do
conhecimento de Deus. Já postei outra mensagem falando sobre a
superficialidade como marca da igreja hodierna em minha opinião, e
penso que não podemos nos conformar com esta situação, mas temos que
nos mobilizar em busca de uma renovação para as nossas vidas de
forma que tenhamos intensa fome de Deus e de sua palavra, a ponto de
não nos contentarmos com algo superficial, mas mergulharmos na
imensidão das profundezas de Deus por seu Santo Espírito, que
perscruta as profundezas de Deus. Tenho que ir com um arsenal lauto
da palavra de Deus, que segundo o apostolo Paulo é a espada do
Espírito. Paulo orientando seu filho na fé Timóteo, diz: Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade(2 Tm 2:15). O
autor da carta aos hebreus diz que a palavra de Deus e viva e
eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração. Mais à frente ele exorta os irmãos acerca da sua
superficialidade e comodismo no que tange ao conhecimento de Deus.
Ele diz: Porque devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais
de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos
das palavras de Deus, e vos haveis feito tais que necessitais de
leite e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se
alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça,
porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os
quais, em razão do costume, tem os sentidos exercitados para
discernir tanto o bem como o mal.Pelo que deixando os rudimentos da
doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição...(Heb 5:12-14,
6:1a).
Esta é à vontade de Deus para a vida de todo cristão. Que o crente
cresça em Cristo e no conhecimento de Deus.Veja o que diz o apóstolo
Pedro em sua carta: Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória assim agora
como no dia da eternidade. Amém! (2 Pd 3:18).
O verso no evangelho de Marcos continua dizendo "por todo o mundo".
Pois bem! A priori precisamos nos mobilizar e sair, ir a busca do
perdido, custe o que custar. O segundo passo exposto no texto é: por
todo o mundo, trazendo em seu bojo a universalidade da salvação, bem
como do evangelho de nosso Senhor. Jesus Cristo não é uma divindade
regional e/ou mesmo nacional como acontece com algumas das
divindades pagãs. Não é meramente Senhor de um continente, mas de
toda a terra. Ele é o Deus soberano sobre todo povo, raça, tribo e
nação. Ele tem em suas mãos o controle absoluto e pleno de todos os
reis e reinos desta terra. Tem as rédeas do domínio consigo e há de
julgar com cetro de ferro a todas as nações que rejeitarem sua
mensagem soberana. Deus enviou seu filho unigênito para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Ou seja,;
onde houver um crente em Cristo, há conseqüentemente a pregação do
evangelho salvífico.
È dever do povo de Deus se conscientizar que a evangelização do
mundo é nosso maior desafio. Quer creiam ou não, temos que anunciar
as boas novas do reino de Deus. Este evangelho do reino precisa ser
pregado em todo mundo para que venha o fim, segundo o ensino de
Cristo. A terra precisa ser cheia do conhecimento do Senhor como as
águas cobrem o mar. Constantemente louvo ao Senhor pelos chamados
missionários que apregoam a palavra de Deus e ultrapassam fronteiras
enfrentando inúmeros obstáculos, visando somente a glória de Deus e
o avanço do evangelho de Cristo. São as missões transculturais que
tem levado o evangelho aos quatro cantos da terra, por meio de vozes
ativas de homens e mulheres piedosos e devotos que entenderam com
profundidade o desafio de fazer notório o conhecimento de Deus a
todos os homens indistintamente. Jesus disse ide por todo o mundo. É
claro que isso é impossível á uma só pessoa ou mesmo a uma só
organização, mas o trabalho coletivo das igrejas nesse mister,
certamente viabilizará tal ideal. Conta-se a seguinte estória: Certo
viajante foi abordado por um oficial que entrou no trem e fez
algumas perguntas. Informado de que fazia parte do recenseamento do
governo de seu país, comenta então o viajante: Certamente demandarão
várias semanas para terminar o censo. Disse o oficial: não senhor!
Nós começamos hoje ao meio-dia e terminaremos logo mais ao
anoitecer. Pergunta então o viajante sem entender: O senhor quer me
dizer que o senso da Índia será feito em um só dia? Ao que respondeu
o oficial: Sim senhor. Somos duzentas mil pessoas trabalhando para
isso meu amigo!
A unidade da igreja nesse objetivo de propagar boas novas a todo
mundo é o grande segredo do progresso deste trabalho. Se cada igreja
investir tempo, dinheiro e afins no campo missionário, tanto em
missões em sua própria nação como em outros países e continentes,
não resta duvida alguma que o evangelho do reino será pregado a todo
o mundo. Como conseqüência deste empreendimento toda a boca
confessará que Jesus Cristo é o Senhor e todo joelho se dobrará
diante do Senhor de toda a terra.
A terceira parte do verso em apreço diz: "Pregai". Vemos um outro
imperativo. O primeiro é ir. O segundo é pregar. Pregar é
trombetear, é proclamar, é protestar, é anunciar a grande salvação
de Deus. A Bíblia diz que formosos são os pés do que anuncia boas
novas. Penso que este é um momento crucial para a anunciação do
reino de Deus, uma vez que estamos diante de uma geração marcada
pela falta de esperança, pelo descrédito, pela degradação moral
generalizada, dentre outros vários fatores que nos impelem a
anunciar a humanidade que há uma saída, que existe uma luz no fim do
túnel, que a porta de escape ainda está aberta.Cristo em minha
opinião é o melhor referencial e modelo de pregador do qual devamos
nos espelhar e aprender. Ele mesmo disse: aprendei de mim... Temos
que não somente pregarmos a mensagem de Cristo, mas de igual modo
estarmos motivados como ele estava e andando como ele andou. Pregar
a palavra de Deus não se resume simplesmente em transmissão de
informações, mas em demonstração do amor de Deus envolto em nossa
mensagem, bem como de uma vida transformada como testemunho da
eficiência da mensagem que pregamos. Cristo pregava com motivações
nobres. Ele queria salvar, libertar e curar aquelas pobres vidas
aflitas e sofridas. Pregava motivado pelo amor pelas almas, e esse
deve ser o sentimento de todo pregador de boas novas. Como já
declarei em outros estudos e mensagens um pregador jamais deve estar
motivado por motivos egoístas e egocêntricos, como status,
reconhecimento, lucro fácil, dentre outros fatores, pois se desta
forma for, melhor lhe seria deixar de anunciar a palavra de Deus.
Não existe tempo ruim para a proclamação do evangelho. Pelo
contrário, temos a mensagem coerente para todas as culturas, em
qualquer tempo, em qualquer lugar.Por isso insta, prega a palavra a
tempo e fora de tempo. Um verso do livro de Provérbios me encanta.
Ele diz: Livra os que estão destinados a morte, aqueles que estão
indo para a matança, se os puderes retirar.(Pv 24:11). Um outro
fator muito importante e relevante é que o pregador é uma pessoa
enviada por Deus. Paulo argumenta dizendo: como ouvirão se não há
quem pregue, e como pregarão se não forem enviados? Ou seja, só os
enviados devem pregar o evangelho.Jesus Cristo disse aos seus
discípulos: Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos
escolhi a vós e vos nomeei para que vades e deis fruto e o vosso
fruto permaneça. Deus é um Deus de propósitos e um dos que considero
mais importante é justamente o de produzir frutos por meio da
pregação evangelística. Fomos escolhidos por Cristo para esta
finalidade. Fala também de frutos permanentes, ou seja, duradouros.
A palavra precisa ser pertinente e ungida para que os frutos sejam
permanentes. É tempo de nos despertarmos do sono do comodismo para
pregarmos a palavra de Deus, porém quero salientar um detalhe que
considero particularmente importante: é pregar a palavra e não
acerca da palavra. É pregar o evangelho e não acerca do evangelho.
Existem lamentavelmente em nossa geração os manipuladores do
evangelho que pregam não o evangelho como ele é, mas de forma
distorcida e herética para atender as concupiscências de sua
mente.São os profissionais do evangelho que tratam a causa da
proclamação das boas novas como profissão e não como vocação e
chamado. Usam de artifícios mecânicos para levarem muitos incautos a
ignorância acerca das verdades explicitas no livro santo. A bíblia
já nos advertia acerca destes falsos mestres e profetas que atuariam
no seio da igreja dos últimos tempos, intentando leva-la a apostasia
moral e espiritual. É hora de nos portarmos como soldados de Cristo
que foram alistados para a guerra, como atletas de Cristo que
militam segundo as normas, como cooperadores de Deus em sua santa
causa. Deus chama homens que estejam sedentos por trabalhar em sua
vinha. A seara é de fato mui grande, mas poucos são os profetas de
Deus comprometidos com a mensagem celestial.
O texto continua dizendo pregai o "evangelho". Não compete ao
pregador levar seus pontos de vista e opiniões pessoais ao campo
evangelístico. A priori a pregação tem como seu objeto a palavra de
Deus. Veja o que diz o profeta Isaías a esse respeito: O Espírito do
Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu: vejamos
detalhadamente para que o Senhor nos ungiu:
• Pregar boas novas aos mansos.
• Enviou-me a restaurar os contritos de coração.
• A proclamar liberdade aos cativos.
• E a abertura de prisão aos presos.
• A anunciar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do
nosso Deus.
• A consolar todos os Tristes.
• A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê
ornamento em vez de cinzas.
• Óleo de alegria em vez de tristeza.
• Vestes de louvor em vez de espírito angustiado.
• A fim de que se chamem carvalhos de justiça.
• Plantações do Senhor.
• Para que ele seja glorificado.

Penso que o papel de todo pregador que como seu Senhor pretende ser,
ou como seu mestre, deve analisar o conteúdo da mensagem para a qual
fomos ungidos para anunciar. Penso que se você puder analisar cada
um destes tópicos que foram citados do texto de Isaias 61:1-3,
perceberá que nos servem de parâmetro para uma mensagem evangélica e
evangelística. Toda pregação por sua vez deveria ser teocêntrica ou
mesmo cristocêntrica, mas jamais antropocêntrica. Quando pregamos o
evangelho, atraímos a atenção do ouvinte para Cristo, para Deus,
visando a glória do Senhor. Se em nossa pregação não estamos
conseguindo este ideal, lamentavelmente não estamos pregando o
evangelho, mas acerca do evangelho.A ordem é: Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho. Existem alguns oradores em nossa geração que
gastam muito tempo contando suas façanhas e proezas em nome de Deus
e do evangelho com o objetivo egolátrico de satisfação pessoal e
méritos humanos. Sigamos o exemplo do célebre pregador, João
Batista, que mostrava Cristo aos homens dizendo; Eu não sou o
Cristo, Eis aí o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Convém
que ele cresça e que eu diminua.
O texto prossegue dizendo: A toda a criatura... Aqui é óbvio que a
idéia primaria é a da ausência de acepção ao pregarmos o
evangelho.Lembro-me automaticamente do episódio de Pedro e Cornélio.
A Bíblia Sagrada diz que em Cesaréia, havia um homem chamado
Cornélio que era funcionário da coorte italiana. Ainda diz que era
homem temente a Deus e piedoso com toda a sua casa. Fazia muitas
esmolas e orava continuamente.Certo dia teve uma visão onde um anjo
de Deus lhe chamava pelo nome. O mesmo lhe declarou que suas orações
e esmolas foram vistas por Deus. Orientou-lhe que chamasse a Pedro
que na ocasião estava na casa de um homem chamado Simão que morava
próximo ao mar. Segundo o anjo, Pedro lhe orientaria acerca do que
fazer. Cornélio contou a visão a dois de seus servos e os enviou a
Pedro. Nesse período de tempo Pedro subiu ao terraço para orar e
teve um arrebatamento de sentidos. Viu o céu aberto e um grande
lençol atado pelas quatro pontas como um vaso, descendo do céu para
a terra. Viu dentro do lençol todos os animais, quadrúpedes e
répteis da terra, bem como aves do céu. De repente uma voz do céu
lhe disse: levanta-te Pedro, mata e come. Mas Pedro retrucou
dizendo: De modo nenhum Senhor porque nunca comi coisa impura e
comum. Em seguida a voz lhe disse: Não faças tu comum, ao que Deus
purificou. E isso aconteceu por três vezes; e então o vaso retornou
ao céu. Enquanto Pedro meditava e refletia no que havia contemplado
na visão, os homens enviados por Cornélio chegaram e lhes
perguntaram acerca da casa de Simão. Neste momento o Espírito Santo
falou a Pedro que aqueles homens o buscavam, e que ele descesse com
eles e não duvidasse, pois eram enviados pelo Senhor.Pedro então se
identifica e afirma ser ele o homem procurado por eles. Contaram a
Pedro acerca das visões de Cornélio, e Pedro então os convidou para
que entrassem em sua casa. No dia seguinte Pedro e mais alguns
acompanhando os enviados de Cornélio foram ao encontro do
mesmo.Quando chegaram Cornélio já os estava esperando junto com
parentes e íntimos. Cornélio ao receber Pedro se prostra para o
adorar, mas Pedro recusa a tentativa de adoração de Cornélio
esclarecendo-lhe que era um homem comum como ele.Logo após eles
entrarem na casa de Cornélio, Pedro passa a contar-lhes a visão que
de Deus recebeu.De igual modo Cornélio passa a declarar-lhe o motivo
que o fizera convida-lo a estar ali, contando-lhe a visão. Também
declara que diante de tudo o que viu, estavam todos ali dispostos a
ouvir a mensagem que Pedro tinha a lhes declarar. Pedro em sua
pregação começa declarando reconhecer que Deus não faz acepção de
pessoas e que em toda a nação, Deus se agrada daquele que é justo e
temente. Continua a anunciar que a palavra da paz anunciada pelos
profetas se cumpriu cabalmente em Cristo, o príncipe da paz para
todos indistintamente.De igual modo relata acerca do ministério
terreno de Cristo, declarando-se uma testemunha viva de tudo o que
Cristo fez e operou. Bem como fala acerca de sua morte vicária e
ressurreição.Prossegue falando acerca da ordem de Cristo para que
fossem e pregassem ao povo e testificassem que Cristo foi
constituído por Deus juiz dos vivos e mortos, enfatizando que por
meio dele alcança-se o perdão dos pecados.
O texto declara que após a pregação de Pedro, o Espírito Santo caiu
sobre todos os que ali estavam de forma que falavam em línguas e
magnificavam a Deus. Os próprios judeus da circuncisão que
acompanharam a Pedro se maravilharam de que o dom do Espírito Santo
se derramasse também sobre os gentios. Após essa maravilha, Pedro
ordenou que eles fossem batizados nas águas em nome do Senhor.
Vemos de forma nítida neste texto que Deus não faz acepção de
pessoas. Vemos a graça de Deus se estendendo aos gentios e
transformando-os pelo poder do Espírito Santo em povo de Deus,
igreja do Deus vivo. A salvação se estende a toda a criatura, porém
nem todos crêem nesta salvação propiciada por Cristo, sendo que não
se apropriam da mesma. Destarte, precisamos pregar a todos
indistintamente. Independentemente de cor, raça, classe social,
nível de conhecimento e etc, todos precisam conhecer a tão grande
salvação de Deus por meio de Cristo.Não podemos nos limitar a pregar
ou deixar de pregar a alguns, por causa de preconceitos e conceitos
retrógrados, baseados no orgulho humano e na falsa aparência dos
homens. Sendo mais especifico, penso que não posso deixar de pregar
ao mendigo, por exemplo, simplesmente pelo mal estar que posso
sentir estando diante de um ser anti-higiênico, sujo ou
maltrapilho.Ele tem uma alma que custou um alto preço e como
conhecedor desta sublime verdade, não posso me omitir de pregar a
quem quer que seja. De igual modo, não posso me esquivar da
responsabilidade de pregar a grandes, poderosos, ricos e
intelectuais desta nossa geração. Também tem uma alma sedenta de
Deus, e buscam a paz interior que nenhum dos predicados que citei
acima podem lhe proporcionar. Ou seja, em síntese, tenho que pregar
o evangelho a toda criatura.
O Verso do texto continua dizendo: Quem crer e for batizado...A
priori quero ressaltar a questão da fé, ou seja, do crer. Estamos
diante de uma possibilidade, por se tratar de algo pessoal e ao
mesmo tempo condicionado. Não existe uma ordem para que se creia,
mas para que o pecador seja salvo, existe uma condição proposta por
Cristo. Esta condição está ligada ao pecador de forma intriseca. Ele
precisa crer. A Bíblia declara que a fé e firme fundamento das
coisas que se esperam e convicção de fatos que se não vêem. O autor
aos Hebreus prossegue argumentando que sem fé é impossível agradar a
Deus, uma vez que é necessário que aquele que se aproxima de Deus,
primeiro creia que ele existe, e segundo, que ele é galardoador dos
que o buscam.Vemos a fé como questão fundamental à entrada no reino
de Deus. O reino de Deus é composto de crentes que creram na
mensagem evangélica e que a aceitaram em caráter absoluto.O primeiro
passo ao candidato à salvação é a fé indiscutivelmente. Para vermos
a glória de Deus precisamos crer, a fé abre a porta da possibilidade
mesmo diante da impossibilidade, pois tudo é possível ao que crê. A
vitória que vence o mundo é nossa fé, que apaga por sua vez todos os
dardos inflamados do maligno.Cremos em Cristo por causa de sua
doutrina e em ultima instância pelas obras que ele fez e faz ainda
hoje no seio de sua igreja.Portanto é requisito imprescindível
crer.Quem crer será salvo. A salvação é pela fé. Paulo disse que
pela graça somos salvos por meio da fé, e que isto não vem de nós
mesmos, mas é um dom de Deus. Somos justificados por meio da fé que
nos propicia paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus
Cristo.Somos salvos pela pregação da fé como argumentou o apostolo
Paulo.O meu justo viverá da fé diz o Senhor e se ele recuar a minha
alma não tem prazer nele, diz o Senhor. Esta fé esta ligada
intimamente à propagação do evangelho uma vez que a fé é pelo ouvir
e o ouvir pela palavra de Deus. Como crerão naquele de quem não
ouviram? Impossível. Então pregamos Cristo ao homem para lhe aguçar
e despertar a fé salvífica que culminará em salvação.
Após crer o segundo grande passo é o batismo. Quem crer e for
batizado. Veja que o batismo em águas é a declaração pública de
arrependimento por parte do pecador. Em outro texto já postado falo
detalhadamente sobre as implicações do batismo em águas. O batismo é
uma instituição de Cristo e por isso deve ser obedecida
incondicionalmente. O batismo não salva, mas o salvo se batiza para
declarar seu vinculo direto com Cristo, bem como a aceitação dos
seus princípios e doutrina. É a pregação silenciosa da regeneração.
Falamos do novo nascimento ao descermos as águas batismais. O
batismo de igual modo simboliza o sepultamento, a morte e a
ressurreição de nosso Senhor. Assim como nossa ligação com ele
sepultando pelo batismo a velha natureza e de igual modo morrendo
para o pecado e ressurgindo como nova criatura em Cristo.
O texto prossegue falando: "quem não crer será condenado". Como na
primeira consideração reforço a idéia de que estamos diante de uma
possibilidade. As pessoas só permanecem nesta condição até o momento
em que não se apropriam pela fé da salvação proporcionada pelo
sacrifício de Cristo. A rejeição dos princípios de Deus por meio de
Cristo e sua palavra resultam em condenação. Perceba que ele diz
será condenado e não está condenado como dizem alguns distorcendo o
texto. Ele fala aqui do juízo final. Haverá um grande dia em que
todos os céticos e incrédulos deste mundo serão julgados pelo seu
pouco caso a mensagem da cruz. Não existe salvação em outro nome, a
não ser em Jesus. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ele é a
porta. É o único mediador entre Deus e os homens. Jesus Cristo,
homem. A indiferença dos homens revela o amor destes ao pecado, ao
mundo e aos seus prazeres, em detrimento da santidade de Deus e da
sua bondade. É a justa condenação de Deus a uma geração de homens
que nunca atribuiu a Deus a criação, o fôlego de vida, a natureza e
tudo o que há no universo, e agora recebem a justa condenação por
sua aversão a Deus.Temos que anunciar no bojo de nossas mensagens
acerca dos dois estilos de vida diferentes, dos dois caminhos, das
duas portas e dos dois destinos eternos. A escolha é nossa. Somos
responsáveis pelo nosso destino eterno e precisamos conscientizar a
geração em que vivemos enquanto ainda há tempo.Ou eu faço parte dos
salvos em Cristo, que já compõe a sua igreja, que é embaixatriz de
Deus na terra, ou faço parte dos incrédulos que se permanecerem
intactos nesta oposição a Deus e sua palavra serão certamente
condenados à destruição eterna. É só analisarmos o paradoxo dos dois
termos: salvo e condenado.Quem crer e for batizado será SALVO. Quem
não crer será CONDENADO.
O texto como segue vai estar focado nos salvos a partir de então
mostrando o que segue aquele que crer e professa sua fé por meio da
pregação evangelística. Diz o texto: E estes sinais
seguirão...Veremos mais à frente a alguns dos sinais nos quais
Cristo estava se referindo no texto em apreço. A principio notemos
que o ministério evangelístico deve ser um ministério marcado pelas
manifestações diversas do poder de Deus.Um ministério evangelístico
sem poder é um ministério fadado ao fracasso. Os sinais que
acompanham o evangelista ou mesmo o missionário no campo servem de
evidência da ressurreição de Cristo, mostrando aos homens que de
fato ele vive e que continua a operar por meio de seus evangelistas
os mesmos sinais que operou em seu ministério terreno. Se estudarmos
os evangelhos, é fato verídico que o ministério de Cristo foi um
ministério de poder. Seu poder era demonstrado em diversas ocasiões
e situações diferentes, visando trazer ao mundo a glória de Deus,
como revelando a divindade do verbo encarnado.O apostolo Paulo diz
que sua pregação não se constituía meramente de palavras persuasivas
de conhecimento humano, mas em demonstração de espírito e de poder.
É a pregação com poder que revela ao homem o poder sobrenatural de
Deus. Eis aí o grande desafio do trabalho evangelístico em nossos
dias: viver uma vida na plenitude do Espírito Santo, gozando deste
poder evidenciando assim o teor e a profundidade da mensagem que
apregoamos.Não que os sinais tenham que ser prioridade no ministério
evangelístico, mas são uma ferramenta poderosa usada para o melhor
desempenho do trabalho no campo.Nos dias de Cristo já existiam
pessoas que segundo ele, se não vissem sinais não creriam. Por outro
lado não podemos nos olvidar de relatar que muitos viram sinais e
que nem por isso creram, devido à dureza de seus corações.Porém isso
não nos serve de justificativa para não buscarmos o poder de Deus,
propiciado unicamente e conseqüentemente, da fé do crente no poder
de Deus.Os sinais sempre foram uma marca da autêntica da igreja de
Cristo em todas as eras.Veja um detalhe interessante: "Estes sinais
seguirão", não disse o Senhor que os crentes correriam atrás de
sinais como faz comumente a nossa geração. Os sinais seguiriam os
que de fato cressem. Não me admira muito ver uma geração que busca
com sofreguidão sinais, e não a Deus. Vivemos uma tremenda inversão
de valores e devido a isso as pessoas confundem os elementos, "ou
seja", colocam o primário no lugar do secundário e o secundário no
lugar do primário.Uma igreja, mormente cheia da fé viva, não corre
atrás de sinais. Estes sinais são conseqüência da fé viva existente
dentro da igreja. É desta fé que a igreja precisa em nosso século.
Não de uma fé meramente teórica. Precisamos buscar urgentemente este
valioso tesouro de nossos pais na fé. Veja a galeria dos heróis da
fé e analise a qualidade de fé daqueles homens. É algo fantástico.
Se estivermos cheios desta fé certamente veremos sinais em nosso
meio que produzirão um efeito positivo sobre os fracos e incautos na
fé, bem como a promoção da glória de Deus.O texto diz: estes sinais
seguirão aos que crerem, ou seja, incrédulo não pode ver sinal de
Deus em sua vida.E não tente argumentar que estes sinais eram para o
período apostólico e somente, pois o Cristo vivo e ressurreto
continua imutável, a Bíblia diz que ele é o mesmo ontem, hoje e
eternamente. Abrange os três tempos: passado, presente e futuro. É
desta forma que acredito.Aleluia!
Prosseguindo o texto diz: "Em meu nome expulsarão demônios". Note
agora que já está em foco um dos sinais dos quais Jesus disse que
seguiriam os que cressem. A autoridade outorgada por Cristo a sua
igreja e a seus servos individualmente de expelir os espíritos
malignos.Jesus Cristo em seu ministério terreno expeliu alguns
demônios como vemos nos evangelhos, e de igual modo os apóstolos
posteriormente o fizeram. Se analisarmos a história da igreja
veremos que o exorcismo é uma pratica comum ao protestantismo. Mas
uma vez expressa está a autoridade suprema e sua onipotência a ponto
de hostes malignas serem sujeitas ao nome de Cristo, diante de uma
ordem.O apostolo Paulo diz que não temos que lutar contra carne e
sangue e sim contra principados e potestades, hostes e dominadores
do mal que atuam nas regiões celestes, agindo como espíritos da
potestade do ar. A bíblia sagrada diz que o mundo jaz sob a
influencia destes espíritos malignos. A recomendação da palavra de
Deus aos crentes é que resistam ao diabo e de igual modo que não
dêem lugar ao mesmo. Facilmente percebemos a atuação do inimigo,
tentando impedir o avanço da igreja por meio do trabalho
evangelístico, porém as portas do inferno não prevalecerão contra a
mesma. Existem adversários espirituais que tentam de todas as formas
impedir que os homens cheguem ao pleno conhecimento da verdade. A
bíblia também diz que o deus deste século é quem cega o entendimento
dos incrédulos. Sabemos que o diabo é um adversário que foi
derrotado pelo nosso Senhor na cruz quando teve sua cabeça ferida,
segundo a profecia já previa. E o mesmo Senhor esmagará debaixo de
nossos pés ao inimigo de nossas almas.Porém não devemos nos
intimidar quando em campo estivermos a serviço do Senhor. Combatamos
o bom combate da fé, confiantes naquele que nos alistou para a
guerra. É ele que nos garante o sucesso nesse pleito.Precisamos,
portanto, usar esta autoridade concedida a nós como servos de Deus,
expelindo todos os demônios que tentarem nos impedir de avançar no
campo missionário, em nome de Jesus Cristo.
Outro sinal que seguiria aos que cressem é: "falarão novas línguas".
Não creio aqui nesta passagem, que Jesus esteja se referindo a
habilidade do poliglota que de forma estudada e progressiva aprende
diversos idiomas. Aqui, Cristo está falando de sinais miraculosos e
de manifestações sobrenaturais do poder de Deus. Ele está falando
que falaríamos línguas nunca aprendidas por meios humanos e
mecanismos intelectuais, sob a unção do Espírito Santo. Sendo assim
acredito que pode referir-se tanto a idiomas que nunca foram
aprendidos por um homem, bem como de outra língua que não seja
terrena, mas celestial. O apostolo Paulo ao referir-se aos dons
espirituais concedidos à igreja, fala também sobre a variedade de
línguas como uma operação do Espírito Santo no crente. Em outro
texto ele fala sobre as línguas com interpretação, que é equivalente
a profecia, como também fala das línguas sem interpretação, das
quais quando o crente fala, na verdade fala mistérios com Deus. As
com interpretação, trazem edificação a todos os presentes na
ocasião, ao contrario das sem interpretação que visam edificar
somente o que fala com Deus em mistérios. Em Atos dos apóstolos é
constante a referência a esta manifestação espiritual. Há os que
crêem ser elas, uma evidência do batismo com o Espírito Santo. Assim
sendo, Jesus Cristo estaria no presente texto se referindo ao
batismo com o Espírito Santo. O importante é que este era um sinal
da parte de Deus aos homens, trazendo a todos um despertamento
acerca do poder de Deus sobre a terra e sobre os homens. Elas são um
sinal a geração incrédula do que Deus de fato pode fazer a um ser
comum, bem como visam a glória de Deus. O evangelista ou missionário
precisa estar revestido deste poder para exercerem com eficácia o
ministério da propagação das boas novas do reino de Deus. O grande
segredo do sucesso de grandes evangelistas como Moody, por exemplo,
foi a atuação deste poder, segundo lemos em seu livro entitulado o
poder secreto.Por isso vale a pena meditarmos na recomendação do
apostolo quando diz: E não vos embriagueis com vinho em que a
dissolução, mas enchei-vos do Espírito.Aleluia!
Outro sinal é: pegarão nas serpentes. Vemos o poder de Deus
sujeitando a própria natureza hostil aos homens, a palavra do
discípulo de Cristo cheio do Espírito Santo. Quando o reino de Deus
vier em sua plenitude como profetizado está, e for implantado por
mil anos sobre a terra, então toda a hostilidade da natureza será
desfeita, uma vez que creio que é conseqüente do pecado original.
Veja o que diz o profeta acerca disso: E morará o lobo com o
cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o
filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno
os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão
juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de
peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na
cova do basilisco.(IS 11:6-8). Esta é de fato uma promessa gloriosa,
porém não creio que Jesus estivesse falando deste período
especifico. Sabemos que a antiga serpente o diabo, é arquiinimigo de
Deus e do seu povo de igual modo e creio que este texto possa ser
encarado tanto no seu sentido literal quanto no figurado. O salmo 91
fala algo semelhante a isso quando diz: Pisarás o leão a o áspide,
calcarás aos pés o filho do leão e a serpente. De uma coisa tenho
certeza. O poder de Deus na vida do crente fluiria de tal forma que
este não temeria uma serpente venenosa a ponto de pegar numa áspide
sem que nenhum mal lhe aconteça. Sabemos que algo desta natureza
sucedeu ao apostolo Paulo, quando estava numa ilha. Vejamos o que
diz o texto bíblico: E havendo escapado, então souberam que a ilha
se chamava Malta. E os bárbaros usaram não de pouca humanidade;
porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por
causa da chuva que caía, e por causa do frio.E, havendo Paulo
ajuntado uma grande quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma
víbora fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-
lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente
este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o
deixa viver. Mas sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum
mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de
repente, mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo
lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.(AT 28:1-
6). Nesse texto creio ver o cumprimento literal das palavras de
Cristo a esse respeito. De fato o poder de Deus é algo infinito e
indizível de se imaginar de tão sublime que é. Observe que Paulo
esteve com esta víbora pendurada em sua mão e nada lhe aconteceu,
como é obvio, pela manifestação do poder de Deus em sua vida.Podemos
crer no poder de nosso Senhor quando situações desesperadoras como
esta, nos afligir. Um missionário de Deus é guardado destas
intempéries como foi Paulo.
Prossegue o texto: E se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum. Obviamente, isto não se trata de uma ordem para que
façamos isso de forma a tentar o Deus todo-poderoso. Creio que se
alguém inconscientemente ou mesmo acidentalmente beber alguma coisa
mortífera isso não lhe causará dano algum. Deus é poderoso para
reverter o efeito do veneno na panela usando a farinha sob ordem do
profeta. Toda falsa doutrina(veneno) na panela(igreja) pode ser
desfeita imediatamente, quando se aplicar à farinha(sã doutrina) sob
orientação do Espírito Santo. Nada que provoque morte espiritual se
mantém no seio da igreja do Senhor, pois o Espírito Santo é quem dá
o devido discernimento aos eleitos de Deus, para que o mesmo não
seja confundido nem enganado.
Por fim diz o texto: e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Conhecemos o Jeová-Rafá, ou seja, o Deus que sara por meio dos
relatos bíblicos no antigo e no novo testamento, bem como por meio
das inúmeras manifestações do Espírito Santo na presente era.
Sabemos que a cura de uma enfermidade se dá pela fé e pelo poder de
Deus aliado à mesma. O pedinte expressa a Deus a sua necessidade de
cura e o Senhor o cura por meio da oração da fé e da imposição das
mãos do presbitério, como diz a escritura. Ainda hoje Deus pode
curar qualquer sorte de enfermidade, mesmo aquelas que a medicina já
tem dado o seu veredicto final. A igreja do Senhor foi preparada e
ungida para curar os enfermos, fazendo uso sempre do nome de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. A cura divina torna-se ferramenta
extremamente eficaz no que diz respeito ao evangelismo, de sorte que
aquele que é curado por meio do trabalho do evangelista, tem sua fé
edificada, uma vez que evidenciara em sua vida um tão poderoso e
grandioso sinal em seu corpo físico. Vemos relatos na Bíblia de
homens que conheceram o reino de Deus na terra, por meio do
ministério da cura divina. Os mesmos se tornaram testemunhas da
ressurreição de Cristo, uma vez que em seus dias se operara tais
sinais miraculosos. Deus continua operando milagres no seio da sua
igreja, tanto quanto no campo evangelístico. A cura divina se dá
tanto em enfermidades motivadas por questões naturais e físicas
independentemente de sua patologia, bem como em enfermidades que são
provocadas por influência maligna. Compete ao evangelista estar
espiritualmente habilitado para desempenhar tal papel no campo
missionário.
A obra missionária exige muito do evangelista que se prontifica a
fazer, atendendo ao chamado do mestre supremo. Que este estudo possa
enriquecer sua vida espiritual em Cristo.

Presbítero Alisson de Almeida

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