domingo, 2 de novembro de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
Trecho do livro Protestantismo Tupiniquim - Pentecostalismo e Politica no Brasil
Trecho do Livro Protestantismo Tupiniquim de Gedeon Alencar.
Como estamos em ano eleitoral , convido a todos os lideres e liderados em nossas igrejas a meditar no que abaixo vou transcrever:
Pentecostalismo das massas e Comissão Política.
No século XX, obrigatoriamente, é necessário se pensar no pentecostalismo. Prática religiosa que nunca quis mudar o mundo mas sair dele.(...)
Segundo dados parciais do Censo 2000, a Igreja Assembleia de Deus tem oito milhões e cem mil membros, ou 31% dos vinte e seis milhões de evangélicos no Brasil. É a maior denominação protestante brasileira. Como igreja institucional , perde apenas para a Católica. Nascida em Belém do Pará, em 1911, a partir da dissidência em uma igreja Batista, foi fundada por dois imigrantes suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Em duas décadas alcançou o país, acompanhando o processo migratório norte-nordestino, causado , naquele momento, pela crise da borracha. Sem ligações estrangeiras , como as demais denominações protestantes, e , portanto, sem financiamento e estratégia de uma matriz, a Assembleia de Deus nasceu brasileira. Até porque em 1911, a Igreja Católica celebrava missas em latim, a Igreja Luterana e Adventista, cultos em Alemão, e a Igreja Anglicana e todas as demais denominações protestantes num "teologuês" anglo-saxônico. Até mesmo , a única igreja pentecostal da época, a Congregação Cristã do Brasil, celebrava seus cultos em italiano.
Periférica, simples e marginal, cresce entre pobres.Ela não opta pelos pobres. Ela é uma igreja de pobres.Portanto na marginalidade.Categorização que, pelo viés marxista, apenas comprovava a "alienação religiosa". No entanto, esta natureza de pobre e simples sempre foi vista internamente como "marca da escolha divina". Como disse o apóstolo Paulo:"Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;as cousas humildes e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são". Texto muito repetido pelos assembleianos, este discurso, para consumo interno, é por demais convincente e satisfatório. E, isto, ao longo dos anos, reforçou sobremaneira sua militância aguerrida. Sua síndrome de marginal.
"Quando o cabra vira crente, vira logo cidadão. Ergue a cabeça, até parece que tem estudo"! Esta é uma frase síntese, proferida por um agricultor, na pesquisa da antropóloga Regina Novaes, em que ela define a conversão de assembleianos cortadores de cana, no interior do Pernambuco, como " dignidade recomposta apesar da deterioração visível de suas condições de vida". Pena que os "escolhidos de Deus"(este é o título do seu livro) não transformem esta"dignidade recomposta" em modelo de vida para todos os assembleianos no país inteiro, mas é proposta de um grupo isolado.
Noventa anos depois, a Assembleia de Deus não é mais a mesma - ou pelo menos a liderança. Grande, poderosa, rica, "a maior do país', agora quer dar as cartas, principalmente na política. Mas ,chega com atraso e patinando muito. Criou uma comissão política , para orientar seus membros. Qual o poder e efeito que a Comissão Política da Assembleia de Deus e suas pretensas diretrizes tem para seus membros? O mesmo que um comunicado que a CNBB para os católicos, nenhum. É mero discurso. Uma tentativa canhestra de uma liderança que há muito tempo foi atropelada e ultrapassada pela dinâmica do grupo, mas ainda não percebeu. Ou não quer perceber. Insiste, porém, em (tentar) faturar politicamente. Na pesquisa realizada em 1994, pelo ISER no Rio de Janeiro, encontramos os seguintes percentuais entre os assembleianos: 37% votam em candidatos evangélicos,43% que tenham boas ideias políticas e 19% em quem traga melhorias.
A comissão política é uma proposta da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Convenção Geral, no papel, porque a Assembleia de Deus é um conglomerado de Ministérios(grupos de igrejas autônomas, e semi-autônomas) dispersos, diversos, e, em alguns lugares , divergentes. Qual o ponto comum que as Assembleias de Deus tem no Brasil ? O nome, apenas. A Assembleia de Deus é formada hoje por uma série de grupos díspares que não tem nenhum contato entre si. Há divergencias irreconciliáveis, lutas de poder viscerais. Note-se bem: Nunca houve uma dissidência na Assembleia de Deus no Brasil por alguma questão teológica ou similar. Todas as crises, lutas e divisões na Assembleia de Deus no Brasil , foram lutas de poder.
Pergunte a um católico quem é o presidente da CNBB. Pergunte a um assembleiano quem é o presidente da CGADB. E nem precisa ir ao interior do Amazonas, na periferia de São Paulo se encontrará um assembleiano militante, há anos servindo na igreja e que não sabe quem é o presidente da denominação e não tem conhecimento da Comissão Política. E mesmo que este membro quisesse,obedientemente, seguir suas diretrizes nunca tomaria conhecimento das mesmas. Elas são publicadas na Revista Obreiro e no jornal oficial Mensageiro da Paz. Este ultimo com uma tiragem de cem mil exemplares , para oito milhões de membros.
Qual a marca da Assembleia de Deus? Ela sempre foi uma igreja feita de gente que está proxima de gente, de povo que é povo para o proprio povo. É imigrante cuidando de imigrante, favelado cuidando de favelado, pobre falando para pobre. Expandiu-se sem dinheiro do exterior, por isso nunca acumulou patrimônio. Nasceu pobre e permaneceu assim durante décadas. Aliás, esta foi a natureza do pentecostalismo: coisa de pobre. Nascido entre negros(desnecessário dizer, pobres) foi perseguido pelas denominações tradicionais e Igreja Católica, muito mais por racismo( a mesma razão da perseguição aos cultos afros) do que por razões teológicas. Mas cresceu. Cresceu muito e alcançou outras classes."Todas as igrejas dos pobres cedou ou tarde se transformam em igrejas de classe média". A liderança assembleiana está sendo acuada pela atuação da Igreja Universal do Reino de Deus. E é esta "iurdinização" do neopentecostalismo que está dando a pauta. Principalmente, na política. Afinal, se a Igreja Catolica fez opção pelos pobres, os pobres fizeram opção pelo pentecostalismo. Já o neopentecostalismo fez opção pelos empresários.
A Assembleia de Deus, de forma prática, tem alguma contribuição à democracia brasileira - até porque, em sua origem, é congregacional? Nas ditaduras do Estado Novo e Militar, em 1964, não se pronunciou a favor ou contra. Isto acontece muito mais por sua natureza marginal do que por opção ideológica, mas , convenhamos, qualquer grupo calado numa ditadura é contado a favor. Esta igreja só acorda na Constituinte de 86, lutando em prol do nome de Deus no preâmbulo. Posteriormente, alguns de seus deputados se destacam na CPI dos Anões do Orçamento, como acusados e cassados. Em 2004, elegeu 22 deputados federais. Resta esperar.
Como estamos em ano eleitoral , convido a todos os lideres e liderados em nossas igrejas a meditar no que abaixo vou transcrever:
Pentecostalismo das massas e Comissão Política.
No século XX, obrigatoriamente, é necessário se pensar no pentecostalismo. Prática religiosa que nunca quis mudar o mundo mas sair dele.(...)
Segundo dados parciais do Censo 2000, a Igreja Assembleia de Deus tem oito milhões e cem mil membros, ou 31% dos vinte e seis milhões de evangélicos no Brasil. É a maior denominação protestante brasileira. Como igreja institucional , perde apenas para a Católica. Nascida em Belém do Pará, em 1911, a partir da dissidência em uma igreja Batista, foi fundada por dois imigrantes suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Em duas décadas alcançou o país, acompanhando o processo migratório norte-nordestino, causado , naquele momento, pela crise da borracha. Sem ligações estrangeiras , como as demais denominações protestantes, e , portanto, sem financiamento e estratégia de uma matriz, a Assembleia de Deus nasceu brasileira. Até porque em 1911, a Igreja Católica celebrava missas em latim, a Igreja Luterana e Adventista, cultos em Alemão, e a Igreja Anglicana e todas as demais denominações protestantes num "teologuês" anglo-saxônico. Até mesmo , a única igreja pentecostal da época, a Congregação Cristã do Brasil, celebrava seus cultos em italiano.
Periférica, simples e marginal, cresce entre pobres.Ela não opta pelos pobres. Ela é uma igreja de pobres.Portanto na marginalidade.Categorização que, pelo viés marxista, apenas comprovava a "alienação religiosa". No entanto, esta natureza de pobre e simples sempre foi vista internamente como "marca da escolha divina". Como disse o apóstolo Paulo:"Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;as cousas humildes e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são". Texto muito repetido pelos assembleianos, este discurso, para consumo interno, é por demais convincente e satisfatório. E, isto, ao longo dos anos, reforçou sobremaneira sua militância aguerrida. Sua síndrome de marginal.
"Quando o cabra vira crente, vira logo cidadão. Ergue a cabeça, até parece que tem estudo"! Esta é uma frase síntese, proferida por um agricultor, na pesquisa da antropóloga Regina Novaes, em que ela define a conversão de assembleianos cortadores de cana, no interior do Pernambuco, como " dignidade recomposta apesar da deterioração visível de suas condições de vida". Pena que os "escolhidos de Deus"(este é o título do seu livro) não transformem esta"dignidade recomposta" em modelo de vida para todos os assembleianos no país inteiro, mas é proposta de um grupo isolado.
Noventa anos depois, a Assembleia de Deus não é mais a mesma - ou pelo menos a liderança. Grande, poderosa, rica, "a maior do país', agora quer dar as cartas, principalmente na política. Mas ,chega com atraso e patinando muito. Criou uma comissão política , para orientar seus membros. Qual o poder e efeito que a Comissão Política da Assembleia de Deus e suas pretensas diretrizes tem para seus membros? O mesmo que um comunicado que a CNBB para os católicos, nenhum. É mero discurso. Uma tentativa canhestra de uma liderança que há muito tempo foi atropelada e ultrapassada pela dinâmica do grupo, mas ainda não percebeu. Ou não quer perceber. Insiste, porém, em (tentar) faturar politicamente. Na pesquisa realizada em 1994, pelo ISER no Rio de Janeiro, encontramos os seguintes percentuais entre os assembleianos: 37% votam em candidatos evangélicos,43% que tenham boas ideias políticas e 19% em quem traga melhorias.
A comissão política é uma proposta da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Convenção Geral, no papel, porque a Assembleia de Deus é um conglomerado de Ministérios(grupos de igrejas autônomas, e semi-autônomas) dispersos, diversos, e, em alguns lugares , divergentes. Qual o ponto comum que as Assembleias de Deus tem no Brasil ? O nome, apenas. A Assembleia de Deus é formada hoje por uma série de grupos díspares que não tem nenhum contato entre si. Há divergencias irreconciliáveis, lutas de poder viscerais. Note-se bem: Nunca houve uma dissidência na Assembleia de Deus no Brasil por alguma questão teológica ou similar. Todas as crises, lutas e divisões na Assembleia de Deus no Brasil , foram lutas de poder.
Pergunte a um católico quem é o presidente da CNBB. Pergunte a um assembleiano quem é o presidente da CGADB. E nem precisa ir ao interior do Amazonas, na periferia de São Paulo se encontrará um assembleiano militante, há anos servindo na igreja e que não sabe quem é o presidente da denominação e não tem conhecimento da Comissão Política. E mesmo que este membro quisesse,obedientemente, seguir suas diretrizes nunca tomaria conhecimento das mesmas. Elas são publicadas na Revista Obreiro e no jornal oficial Mensageiro da Paz. Este ultimo com uma tiragem de cem mil exemplares , para oito milhões de membros.
Qual a marca da Assembleia de Deus? Ela sempre foi uma igreja feita de gente que está proxima de gente, de povo que é povo para o proprio povo. É imigrante cuidando de imigrante, favelado cuidando de favelado, pobre falando para pobre. Expandiu-se sem dinheiro do exterior, por isso nunca acumulou patrimônio. Nasceu pobre e permaneceu assim durante décadas. Aliás, esta foi a natureza do pentecostalismo: coisa de pobre. Nascido entre negros(desnecessário dizer, pobres) foi perseguido pelas denominações tradicionais e Igreja Católica, muito mais por racismo( a mesma razão da perseguição aos cultos afros) do que por razões teológicas. Mas cresceu. Cresceu muito e alcançou outras classes."Todas as igrejas dos pobres cedou ou tarde se transformam em igrejas de classe média". A liderança assembleiana está sendo acuada pela atuação da Igreja Universal do Reino de Deus. E é esta "iurdinização" do neopentecostalismo que está dando a pauta. Principalmente, na política. Afinal, se a Igreja Catolica fez opção pelos pobres, os pobres fizeram opção pelo pentecostalismo. Já o neopentecostalismo fez opção pelos empresários.
A Assembleia de Deus, de forma prática, tem alguma contribuição à democracia brasileira - até porque, em sua origem, é congregacional? Nas ditaduras do Estado Novo e Militar, em 1964, não se pronunciou a favor ou contra. Isto acontece muito mais por sua natureza marginal do que por opção ideológica, mas , convenhamos, qualquer grupo calado numa ditadura é contado a favor. Esta igreja só acorda na Constituinte de 86, lutando em prol do nome de Deus no preâmbulo. Posteriormente, alguns de seus deputados se destacam na CPI dos Anões do Orçamento, como acusados e cassados. Em 2004, elegeu 22 deputados federais. Resta esperar.
sábado, 29 de março de 2014
Resposta do Reverendo Augustus Nicodemus sobre Romanos 9. A eleição é de indivíduos ou nações?
Comentário sobre Romanos 9 - A Eleição é de Indivíduos ou de Nações?

A chave para entendermos Romanos 9 é a intenção de Paulo, o que ele quer
mostrar? A resposta está nos versículos iniciais, 1-5. Ele está triste porque
Israel rejeitou Jesus Cristo. Este fato poderia levantar a questão de que a
promessa de Deus havia falhado (verso 6). Paulo evita este problema explicando
que a promessa foi feita aos descendentes espirituais de Abraão e não aos seus
descendentes físicos. Nem todos de Israel são filhos de Deus (verso 6-7). E
estes indivíduos, os descendentes espirituais, a quem as promessas foram
feitas, e que serão salvos, foram chamados soberanamente por Deus de entre a
nação de Israel. Paulo prova isto mostrando a escolha soberana de Isaque e de
Jacó. Eles foram escolhidos enquanto indivíduos, embora, certamente, esta
escolha venha a ter algum reflexo em seus descendentes (versos 8-13). O ponto
de Paulo é que somente os escolhidos de entre a nação de Israel é que creram (e
crerão) em Cristo. São indivíduos escolhidos de entre uma nação, para a
salvação. Desta forma, Paulo mostra que as promessas de Deus a Israel não
falharam, pois dentre a nação Deus sempre escolheu soberanamente, e não por
obras, aqueles israelitas individuais que viriam a crer em Jesus Cristo, como o
próprio Paulo.
Em resumo, seguem algumas razões pelas quais o argumento central de
Romanos 9 é eleição para a salvação e vida eterna, e que na elaboração da
argumentação, Paulo menciona Jacó e Esaú como indivíduos e não como nações,
embora os descendentes deles viriam a sofrer os reflexos desta escolha
individual.
(1) Toda a seção (Romanos 9-11) é sobre a segurança eterna de pessoas.
Eleição de nações não faria qualquer sentido contextual. Paulo disse aos
cristãos de Roma que nada poderia separá-los do amor de Deus (Rm 8:31-39). A
objeção que provocou a resposta de Paulo em romanos 9-11 foi esta: “Como
podemos ter certeza de que as promessas de Deus são seguras, visto que Israel,
a quem também promessas foram feitas, não creu no Messias?” A resposta de Paulo
é que apenas os indivíduos eleitos dentro de Israel é que estão seguros.
(2) A eleição de Jacó sobre Esaú (Romanos 9:10-13) pode ter implicações
nacionais, mas começa com dois indivíduos. Não podemos esquecer este fato.
(3) Jacó foi eleito e Esaú rejeitado antes que tivessem feito algo de
bom ou ruim. O texto está falando de indivíduos que podem fazer o bem e o mal.
Não fala de nações que sairiam deles e que fariam bem ou mal. O bem e o mal
referido é de pessoas, indivíduos, chamados Jacó e Esaú.
(4) Rom. 9:15 enfatiza a soberania de Deus na escolha de indivíduos.
"Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia." O pronome “quem”
é um singular masculino. Se Paulo estivesse falando de nações, poderia ter
usado um pronome plural.
(5) Rom 9:16 está claramente lidando com pessoas: “Assim, pois, não
depende de quem quer ou de quem corre”. “Quem quer” θέλοντος e “quem corre”
τρέχοντος são dois singulares masculinos. É difícil ver implicações nacionais
em tudo aqui. É sobre o desejo e esforço individual.
(6) Rom 9:18 fala do endurecimento de Faraó, um indivíduo. Não está
tratando do endurecimento do Egito, mas da pessoa de seu rei, Faraó. Após falar
do endurecimento, Paulo resume o que ele está tentando dizer usando pronomes
singulares masculinos: “Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também
endurece a quem lhe apraz”. Se Paulo estava falando de eleição e endurecimento
de nações, ao terminar o exemplo pessoal e individual de Faraó ele deveria ter
dito que ele endurece e tem misericórdia das nações que quer.
(7) A objeção em Rom. 9:14, “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de
Deus?” - faz pouco sentido se Paulo estivesse falando sobre a eleição
corporativa ou nacional. A acusação de injustiça poderia facilmente ser
respondida se Paulo estivesse dizendo que a eleição de Deus é apenas em relação
às nações e não tem a intenção salvadora.
(8) Da mesma forma, a objeção em Rom. 9:19 fica totalmente sem sentido
se Paulo não estiver falando de eleição individual. “Algum de vocês vai me
dizer: “Se é assim, como é que Deus pode encontrar culpa nas pessoas? Quem pode
ir contra a vontade de Deus?” (NTLH). A questão que o opositor de Paulo está
levantando é que Deus parece injusto com indivíduos, ao endurecer alguns e ter
misericórdias de outro como lhe apraz, e não com nações.
(9) Em Rom 9:14-29 temos uma “diatribe”, um recurso de retórica em que o
escritor responde os questionamentos de um opositor imaginário. Os
questionamentos estão em Rm 9:14 e Rom 9:19. É um artifício muito bom, mas
somente se o autor está entendendo corretamente o opositor. Todos os dois
questionamentos do opositor (9:14 e 9:19) tem a ver com a injustiça de escolher
uns e deixar outros. Paulo poderia ter corrigido este equívoco e dito, “não
estou falando de pessoas, mas de nações”. Contudo, ele aceita como legítima a
objeção e responde em termos da eleição de indivíduos.
(10) Em Rom 9:24 Paulo diz que Deus chamou os “vasos de misericórdia”,
que Ele preparou para glória “de antemão” (são os eleitos mencionados no
capítulo todo) “não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios”. É
difícil ver eleição nacional aqui, pois Deus chamou estas pessoas
"dentre" todas as nações, ἐξ Ἰουδαίων (de entre os judeus) e também
ἐξ ἐθνῶν (de entre os gentios). Os vasos de misericórdia, que são a
descendência espiritual de Abraão, em quem se cumprem as promessas, são
chamados por Deus de entre na nação de Israel e de entre as nações gentílicas.
(11) Em Romanos 11:1-10, quando Paulo volta a falar da eleição de
israelitas individuais de entre Israel étnico, fica claro que os eleitos são
pessoas de entre a nação de Israel, os sete mil que não dobraram o joelho a
Baal (Rm 11.4), aos quais Paulo se refere como “a eleição da graça” (Rm 11.5).
Isso nos diz duas coisas: 1) eles são sete mil indivíduos que Deus tem mantido
crentes dentro da nação de Israel, e não uma nova nação. 2) Esses indivíduos
são mantidos por Deus na fé no Deus verdadeiro, não se curvando diante de Baal
(ou seja, eles permaneceram fiéis a Deus). Ou seja, a eleição mencionada por
Paulo é de indivíduos para a salvação.
Para você não pensar que estes argumentos são meus, consulte estes
comentaristas que seguem esta mesma linha de raciocínio:
Jamieson, Robert, A. R.
Fausset, and David Brown. Commentary Critical and Explanatory on the Whole
Bible. Oak Harbor, WA: Logos Research Systems, Inc., 1997.
Lange, John Peter, Philip
Schaff, F. R. Fay, J. F. Hurst, and M. B. Riddle. A Commentary on the Holy
Scriptures: Romans. Bellingham, WA: Logos Bible Software, 2008.
Boa, Kenneth, and William
Kruidenier. Romans. Vol. 6. Holman New Testament Commentary. Nashville, TN:
Broadman & Holman Publishers, 2000.
Henry, Matthew. Matthew
Henry’s Commentary on the Whole Bible: Complete and Unabridged in One Volume.
Peabody: Hendrickson, 1994.
Carson, D. A., R. T.
France, J. A. Motyer, and G. J. Wenham, eds. New Bible Commentary: 21st Century
Edition. 4th ed. Leicester, England; Downers Grove, IL: Inter-Varsity Press,
1994.
Spence-Jones, H. D. M., ed.
The Pulpit Commentary: Romans. The Pulpit Commentary. London; New York: Funk
& Wagnalls Company, 1909.
Wuest, Kenneth S. Wuest’s
Word Studies from the Greek New Testament: For the English Reader. Grand Rapids:
Eerdmans, 1997.
***
Texto Referência: Credo House Ministries
Fonte: Rev. Augustus Nicodemus, via Facebook, em resposta a um comentário sobre o vídeo "A eleição em Romanos 9 é de indivíduos ou de nações?
Texto Referência: Credo House Ministries
Fonte: Rev. Augustus Nicodemus, via Facebook, em resposta a um comentário sobre o vídeo "A eleição em Romanos 9 é de indivíduos ou de nações?
domingo, 23 de março de 2014
Análise de John MacArthur ,sobre alguns textos usados como objeção a doutrina da segurança da Salvação.
Análise de John MacArthur acerca de textos usados como
objeção para o ensino da Perseverança dos Santos.
1-
AQUELES VERSÍCULOS PROBLEMÁTICOS
Nenhum cristão pode negar que as promessas em Efésios, João
e Hebreus sobre a segurança de nossa salvação nas mãos de nosso Deus triúno,
são de fato inspiradoras. Talvez, no entanto, você esteja preocupado com outras
partes das Escrituras que parecem comprometer essas promessas. O que dizer da
afirmação de Paulo para a igreja gálata de que alguns caíram da graça? O que você
me diz de uma passagem menos animadora em Hebreus que fala daqueles que, uma
vez , iluminados, não podem ser reconduzidos ao arrependimento? E a afirmação
assustadora de Jesus em Joao 15 de que
aqueles que não permanecem nele são
jogados fora como ramos mortos, apanhados e queimados? E o que dizer da talvez,
mais assustadora de todas as afirmações de Jesus, em Mateus 12, em que ele diz
que existe esse tal pecado imperdoável? Examinemos cada passagem em seu
contexto , para reconhecermos o que ela está de fato dizendo, e como cada uma
se relaciona com a segurança da nossa salvação.
Galatas 5 e a questão de cair da graça.
Nosso texto começa: Foi para a liberdade que Cristo nos
libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo
de escravidão. Ouçam bem o que eu,Paulo,lhes digo: Caso se deixem circuncidar,
Cristo de nada lhes servirá. De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar, que está
obrigado a cumprir toda a lei. Voces,que procuram ser justificados pela Lei, separaram-se
de Cristo; caíram da graça. Pois é mediante o Espirito que nós aguardamos pela
fé a justiça, que é a nossa esperança.(1-5).
A quem se faz referencia e em que sentido eles caíram da
graça? Todas as pessoas a quem Paulo estava escrevendo, haviam professado Jesus
Cristo como Salvador e Senhor, do contrario, não teriam sido parte das igrejas
da Galácia. Muitos vinham de uma formação judaica, enfatizando o esforço
próprio , legalista , para agradar a Deus. Algumas não conseguiam desprezar
essa formação, ainda que, a principio, tivessem respondido positivamente a
mensagem de justificação do evangelho diante de Deus por meio da fé em Cristo e
só nele.
Alguns desses indivíduos conhecidos como judaizantes,
criaram problemas dentro de varias igrejas ao afirmarem que a fé em Jesus
Cristo , embora importante, não era suficiente para a completa salvação.
Ensinavam que o que Moises havia começado na antiga aliança e Cristo
acrescentado a nova , tinha de ser concluído e aperfeiçoado por esforços
pessoais(sendo a circuncisão o ponto central como símbolo de mérito
espiritual).
Paulo combateu essa idéia herege ao mostrar 4 de suas
trágicas conseqüências. Em Galatas 5 ele declara que, independentemente da
associação de alguém a igreja, se essa pessoa, por sua vida ou palavras,
rejeita a suficiência da Fe em Cristo, ela renuncia a obra de Cristo em seu
favor, coloca-se sob a obrigação de cumprir toda a lei mosaica, cair da graça
de Deus é excluir-se da justiça de Deus.
Nós , como cristãos, cremos que a salvação é pela graça por meio da fé.
Parece que os judaizantes a principio , reconheciam esse conceito, mas depois o
abandonaram ao enfatizar a lei mosaica como meio de salvação. É isso que
significa cair da graça. Tentar ser justificado pela lei e rejeitar o caminho da
graça.
Em Galatas 5:4, Paulo não estava se referindo a segurança do
cristão, mas aos caminhos contrastantes da graça e da lei , da fé e das obras,
como meio de salvação. Sem duvida, ele não estava ensinando que uma vez
justificada, a pessoa pode perder sua justa posição diante de Deus e voltar a
se perder por ser legalista. A Biblia nada diz sobre alguém se tornar não
justificado.
Aplicando-se a alguém que de fato era incrédulo o principio
de cair da graça fala sobre a pessoa que é exposta a graciosa verdade do
evangelho e depois dá as costas para Cristo. Tal pessoa é apostata.
Durante os tempos da igreja primitiva , muitos incrédulos –
tanto judeus quanto gentios – não somente ouviram o evangelho, mas também
testemunharam os sinais milagrosos realizados pelos apóstolos que confirmavam
esse evangelho. Muitas vezes eles não conseguiam deixar de ser atraídos a
Cristo nem de professar sua fé nele. Muitos se envolviam com a igreja local e
indiretamente vivenciavam as bênçãos cristãs do amor e da comunhão. Eram
expostos diretamente a toda verdade e bênçãos do evangelho da graça, mas depois
se afastaram. Segundo uma passagem que logo examinaremos, eles (foram
iluminados), (provaram o dom celestial ) e (tornaram-se participantes do
Espirito Santo) , ao testemunharem o ministério divino do Espirito na vida de
cristãos( Heb 6:4). Mas eles se negaram a confiar somente em Cristo, por isso
apostataram , perdendo toda a chance de arrependimento, consequentemente, da
salvação, uma vez que “não há salvação em nenhum outro , pois debaixo do céu
não há nenhum outro nome(...)pelo qual devamos ser salvos”.(At 4:12). Eles
chegaram a porta da graça e então apostataram voltando para a sua religião,
cujo foco estava nas obras.
HEBREUS 6 E AQUELES UMA VEZ ILUMINADOS.
É possível que pessoas vão a igreja durante anos, ouçam o
evangelho varias vezes e até sejam membros fiéis da igreja, mas nunca entreguem
suas vidas a Cristo. Encontramos tais pessoas em Hebreus 6. O escritor estava
especificamente falando ao povo judeu que era parecido com os gálatas
legalistas, mas a advertência aplica-se a qualquer pessoa.
É animador saber o que Deus pode fazer com um coração
arrependido. Mas saber o que ele fará com os pecadores que não se arrependerem
deveria deixar você de cabelos em pé. Sobretudo , foi dado o aviso mais severo
possível aqueles que conhecem a verdade da graça salvadora de Deus em Cristo Jesus – que talvez a tenham
visto transformar a vida de muitos de seus amigos e familiares, que podem até ter
feito uma profissão de fé nele - , mas que mudam de idéia e rejeitam aceita-la
plenamente. Ao persistirem em sua rejeição a Cristo, essas pessoas chegam ao
ponto em que não é mais possível voltar atrás em termos espirituais, em que
perdem para sempre a oportunidade de salvação. É isso que sempre acontece com o
individuo que é indeciso. No final, ele segue seu coração maligno da descrença
e dá as costas para sempre ao Deus vivo.
Ao contrario de uma faca, a verdade fica mais afiada à
medida que é usada, o que, no caso da
verdade, acontece por meio da aceitação e da obediência. Uma verdade que é
ouvida, mas não é aceita e seguida , torna-se desinteressante e sem sentido.
Quanto mais a negligenciamos, mais ficamos imunes a ela. Ao não aceitarem o
evangelho quando ele ainda é “novidade”, aqueles mencionados no livro de
Hebreus começaram a ficar indiferentes a ele e tornaram-se espiritualmente
indolentes, negligentes e duros. Por não usarem seu conhecimento do evangelho ,
eles agora, não podiam se convencer de tomar a decisão certa com relação a ele.
Na verdade, eles corriam o perigo de tomar uma decisão muito errada, de mudar
de atitude por causa da pressão e da perseguição , e de voltar totalmente para
o judaísmo.
Os indivíduos mencionados aqui tinham cinco grandes
vantagens por causa de sua associação com a igreja: eles foram iluminados,
provaram o dom celestial de Cristo , tornaram-se participantes do Espirito
Santo, experimentaram a Palavra de Deus e provaram os poderes milagrosos da era
que há de vir(Veja Heb 6:4,5). Não há referencia de espécie alguma à salvação.
Na realidade, nenhum termo usado aqui é usado
em referencia a salvação em outra passagem do Novo Testamento, e nenhum
deveria ser visto como referencia a ela nessa passagem.
A iluminação mencionada aqui tem a ver com a percepção
intelectual da verdade espiritual. Significa estar mentalmente consciente de
algo, instruído, informado. Não traz conotação de resposta – de aceitação ou
rejeição, crença ou descrença. Provar ou participar implica algo similar; uma
simples amostra da verdade. Ela não foi aceita nem vivida, somente examinada.
Esses indivíduos foram maravilhosamente abençoados pela
iluminação de Deus, pela associação com o Espirito Santo e pela amostra dos
dons celestiais , da Palavra e do poder de Deus. Entretanto , não creram. Daí
vem o terrível aviso de que, para aqueles que experimentaram tudo isso e
caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si
mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra
pública.(v.6).
Uma vez que acreditam
que esse aviso é para os cristãos,
alguns interpretes acham que Hebreus 6 ensina que é possível perder a salvação.
No entanto, se essa interpretação é verdadeira, a passagem também ensinaria
que, uma vez perdida, seria impossível recuperar a salvação – que a pessoa
estaria condenada para sempre. Não haveria ida nem volta, nem estar na graça ou
fora da graça, como parece imaginar a maioria das pessoas que acreditam que se
pode perder a salvação. Contudo , não é aos cristãos que se faz referencia , e o
que o individuo pode perder é a
oportunidade de receber a salvação, e não a salvação propriamente dita.
São os incrédulos que correm o risco de perder a salvação –
no sentido de perder a oportunidade de recebê-la. Uma vez que vêem e ouvem a
mensagem do evangelho, eles tem somente duas escolhas: seguir para o pleno
conhecimento de Deus por meio da fé em Cristo ou afastar-se dele e perder-se
para sempre. O caráter definitivo assustador desse perigo não deve ser
minimizado.
A vacinação imuniza ao dar uma amostra mais atenuada da
doença. Pessoas que são expostas ao evangelho podem receber o suficiente dele
para ficarem imunizadas contra o que realmente acontece. Quanto mais tempo
continuam a resistir ao evangelho, graciosa ou violentamente, mais elas ficam imunes
a ele. Seu sistema espiritual fica cada vez mais indiferente e insensível. Sua
única esperança é rejeitar tudo aquilo a que estão se agarrando e receber
Cristo sem demora – para não ficarem tão duras, muitas vezes sem percebe-lo, de
modo a perder sua oportunidade para sempre. Quando rejeitam a Cristo no auge de
sua experiência de conhecimento e convicção, as pessoas não o aceitarão em um nível inferior. Assim ,
a salvação torna-se impossível.
Nossa passagem em Hebreus termina com uma vivida ilustração:”A
terra , que absorve a chuva que cai frequentemente, e da colheita proveitosa
aqueles que a cultivam, recebe a bençao de Deus. Mas a terra que produz
espinhos e ervas daninhas é inútil e logo será amaldiçoada. Seu fim é ser
queimada”(VS.7-8). Todo aquele que ouve o evangelho é como a terra. Assim, como
a chuva, a mensagem do evangelho cai sobre quem a ouve. Depois que a semente do
evangelho é semeada, ela é alimentada e cresce. Parte da safra é boa e
produtiva, mas parte dela é falsa, espúria e improdutiva. Embora toda a safra
venha da mesma semente e seja alimentada pela mesma terra e pela mesma água,
parte dela se torna cheia de espinhos , destrutiva e sem valor, rejeita a vida
oferecida e so serve para ser queimada.
JOÃO 15 E OS RAMOS QUE SÃO QUEIMADOS.
Queimar a safra sem
valor é uma analogia evocativa usada frequentemente nas Escrituras para
descrever a apostasia(ou seja, a falsa crença). Encontramos essa analogia e
outras iguais a ela em muitas parábolas de Jesus(por exemplo: Mt
13:24-30,36-43; 18:23-35;22:1-14;Lc 3:1-9). A analogia utilizada por nosso
Senhor em João 15 tem perturbado muitos cristãos.
Na Palestina do século 1º, era comum impedir uma videira de
dar fruto por três anos depois de ela ter sido plantada. No quarto ano ela
estava forte o suficiente para dar fruto. Sua capacidade de dar fruto havia
sido intensificada pelo cuidado na poda. Ramos maduros, que chegavam ao fim do
processo de quatro anos, eram podados anualmente, de Dezembro a Janeiro, para
que continuassem a dar frutos.
Dar frutos é a essência da vida cristã. Em Efésios 2:10,
Paulo diz: “Somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas
obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Os frutos da
salvação são as boas obras. Tiago 2:17 explica que a fé, por si só, se não for
acompanhada de obra, será morta”. Se a fé salvadora estiver presente, ela não pode deixar de produzir fruto. As boas obras
não salvam uma pessoa, mas mostram que sua fé é genuína.
Em Joao 15, Jesus comparou seus seguidores a ramos que dão
frutos, mas que precisam ser podados de vez em quando. Não existe algo como
cristão sem frutos. Todos dão algum fruto. Talvez seja necessário dar uma boa
olhada para encontrar uma pequena uva, mas, se você olhar perto o suficiente,
encontrará algo.
Uma vez que todos os cristãos dão fruto, é claro que os
ramos infrutíferos de João 15 não podem se referir a eles. Na verdade , os
ramos infrutíferos tiveram de ser eliminados e lançados ao fogo. Contudo ,
Jesus referiu-se aos ramos infrutíferos como aqueles que estavam nele(VS .2).
Isso não implica que era necessário que eles tivessem sido genuínos?
Não necessariamente. É possível que , aparentemente, eles
estivessem ligados a videira , mas nenhuma vida fluía por meio deles. Outras
passagens nas Escrituras mostram que é possível ser um parasita na videira,
fazer aparentemente parte dela, mas somente na aparência. Em Romanos 9:6, por
exemplo, Paulo diz: “nem todos os descendentes de Israel são Israel”. Era
possível uma pessoa fazer parte da nação de Israel , mas não ser um verdadeiro
israelita. De igual modo, é possível ser um ramo sem viver ligado à videira
verdadeira. Uma metáfora similar em Romanos representa Israel como uma oliveira
da qual Deus removeu certos ramos(veja 11:17-24); Esses ramos foram cortados
por causa da incredulidade.
Alguns somente parecem fazer parte do povo de Deus. Em Lucas
8:18 , Jesus diz: “Considerem atentamente como vocês estão ouvindo. A quem
tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será
tirado”. Levar uma vida de aparência que não condiz com a realidade é motivo
para que você seja removido do meio do povo de Deus. Um dia, o joio, ou as
ervas daninhas, será reparado do trigo com base nisso(veja Mt 13:30,38).
As Escrituras fazem uma severa advertência para que
examinemos nossa vida e tenhamos certeza de que nossa salvação é genuína. A
conseqüência é seria: Um ramo que não dá fruto é removido e queimado.
Para o cristão , no entanto, permanecer na verdadeira
videira oferece a forma mais profunda de segurança. Paulo diz: “Já não há
condenação para os que estão em Cristo Jesus”(Rm 8:1). Aqueles que estão nele
não podem ser removidos, não podem ser cortados e não precisam temer o
julgamento. Não se sugere aqui que aqueles que agora permanecem nele podem ,
mais tarde, deixar de faze-lo.
Por outro lado, aqueles que não permanecerem nele serão
julgados. Jesus disse:”Se alguém não permanecer em mim, será o ramo que é
jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados”(Jo
15:6). Uma vez que eles não tem uma relação viva com Jesus Cristo, são
rejeitados.
O verdadeiro cristão, em contrapartida, nunca pode ser
jogado fora. Como notamos anteriormente em Joao 6:37, Jesus disse: “Todo aquele
que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”. João,
mais adiante, escreveu: “Eles saíram do nosso meio , mas na realidade não eram
dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de
terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos”(1 João 2:19). Se a pessoa
deixa de lado a comunhão com o povo de Deus e nunca mais volta, ela nunca foi,
para começar, um verdadeiro cristão.
William Pope foi membro da igreja metodista na Inglaterra
durante grande parte de sua vida. Ele fingiu conhecer a Cristo e serviu em
muitas funções. Nesse meio-tempo, sua esposa morreu como uma genuína cristã.
Logo , no entanto, ele começou a afastar-se de Cristo. Tinha
colegas que acreditavam na redenção de demônios. Começou a ir com eles a um
prostibulo. Com o tempo, tornou-se um alcoólatra.
Admirava o cético Thomas Paine e , aos domingos , ele e os
amigos se reuniam para confessar os pecados uns aos outros. Eles se divertiam
ao jogarem a Biblia no chão e chutarem-na de um lado para o outro.
No final , Pope contraiu tuberculose. Alguém o visitou e
falou-lhe do grande Redentor. Essa pessoa disse a Pope que ele poderia ser
poupado do castigo por seus pecados.
Mas Pope respondeu:”Não estou contrito; não posso me
arrepender. Deus me condenará! Sei que o dia da graça já se foi. Deus disse
para os que são como eu:”Vou rir-me da sua desgraça; zombarei quando o que
temem se abater sobre vocês .”. Eu o neguei; meu coração está endurecido”.
Então ele clamou:”Ah, o inferno, a dor que sinto! Escolhi o
meu caminho. Cometi o horrendo pecado que é condenável: crucifiquei de novo o
Filho de Deus; profanei o sangue da nova aliança! Ah, aquela terrível maldade
de blasfemar contra o Espírito Santo, que sei que cometi; não quero outra coisa
senão o inferno! Venha , oh Diabo , e leve-me”!
Ele passou a maior parte de sua vida na igreja, mas seu fim
foi infinitamente pior do que seu começo. Todo homem e mulher tem a mesma
escolha. Você pode permanecer na videira e receber todas a bênçãos de Deus ou
pode ser queimado.
Não parece ser uma escolha difícil, parece? Contudo, milhões
de pessoas resistem ao dom da salvação de Deus, preferindo o relacionamento
superficial do ramo falso.
Nós que permanecemos em Cristo devemos deixar que a
advertência das Escrituras motive-nos a dizer para tais pessoas :”Vejam , agora
é “o tempo favorável”, vejam, agora é “o dia da salvação”(2 Cor 6:2;cf. 49:8).
Mas não deixe a salvação que você declara ser menos do que ela é: uma salvação
gloriosa e segura, em total contraste com a condição instável do incrédulo que
se aventura nos limites da fé.
MATEUS 12 E O PECADO IMPERDOÁVEL.
Vamos mais longe com este tema com um estudo de caso real –
um homem que ouve o chamado da salvação e atende. Ele começa a ler livros
cristãos. Sua mente , irritável por natureza e academicamente indisciplinada,
começa a ficar terrivelmente confusa. Ele fica preocupado com circunstancias
religiosas externas, investindo um tempo considerável em atividades religiosas
e sentindo-se obrigado a abrir mão de toda atividade divertida, ainda que
inocente. Começa a buscar milagres para confirmar sua fé.
As coisas ficam ainda mais sombrias: ele agora está
convencido de que cometeu o pecado imperdoável mencionado por Jesus. Isso o
leva a invejar os animais na selva, as aves no céu, as pedras na rua e as
telhas do telhado, pois eles são incapazes de cometer a blasfêmia da qual sua
consciência tão severamente o acusa. Seu estado emocional destrói seu poder de assimilação. Sua dor é tanta que
ele chega a achar que irá estourar como Judas, a quem passou a considerar como
seu protótipo.
Finalmente as nuvens se desfazem. O homem que pensava estar
destinado ao mesmo fim que o do terrível traidor chega a desfrutar de paz e
certeza na misericórdia de Deus. Você pode ler a historia desse homem em sua
autobiografia,(Graça abundante ao principal dos pecadores). Seu nome é John
Bunyan, autor de “O Peregrino”, um dos livros mais populares de todos os
tempos.
Bunyan não é o único cristão a ter medo de cometer o pecado
imperdoável. Muitos cristãos sofrem este tormento. Parte da razão é que alguns
pastores e comentaristas respeitados sugerem que cristãos podem cometer o
pecado que Jesus tão assustadoramente mencionou, associando-o ao “pecado que
leva a morte”, mencionado em 1 João 5:16, e à negligencia dos iluminados que
acabamos de examinar em Hebreus 6:4-6.
Faço uma grande objeção a essa interpretação, pois ela
desconsidera o contexto da inquietante declaração de Jesus. A passagem é Mateus
12:22-31. Jesus cura um endemoninhado , mas, quando ouvem isso, os lideres
religiosos dizem:”É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios , que ele
expulsa demônios’.(VS. 24). Belzebu, o senhor das moscas, era uma divindade dos
filisteus. Acreditava-se que ele era o príncipe dos espíritos malignos , e seu
nome tornou-se outro termo usado em referencia a Satanás. Aqueles lideres
religiosos cegos estavam afirmando que o
poder de Jesus provinha de Satanás.
Já fazia mais de dois anos que Jesus estava exercendo seu
ministério público. Durante esse tempo ele realizara numerosos milagres que
provaram para todos de Israel que ele era Deus. Mas a instituição religiosa ,
essencialmente, concluiu o contrário.
Jesus recebeu o poder do Espirito Santo em seu batismo(veja
Mt 3:16), momento no qual ele começou a provar quem realmente era. Ao mesmo
tempo, Jesus atribuiu seu poder ao Espírito de Deus. Como prenunciou Isaías , o
Espirito veio sobre Jesus e ele pregou e realizou milagres(Veja Isaías 61:1,2).
Contudo , os lideres religiosos afirmavam que o poder de Jesus era satânico.
Jesus foi seco em sua resposta a essa afirmação:”Se estou
expulsando Satanás mediante o uso do poder de Satanás, o que vocês acham que
Satanás está fazendo a si mesmo?”(Mt 12:26, paráfrase). É obvio que o Diabo
estaria destruindo seu próprio reino, o que não faria nem um pouco de sentido.
O ódio e o ciúme dos lideres religiosos levaram-nos a essa lógica distorcida.
Em vez de serem racionais, eles estavam sendo ridículos.
Assim, Jesus disse:”Todo pecado e blasfêmia serão perdoados
aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. Todo
aquele que disser uma palavra contra o filho do homem será perdoado, mas quem
falar contra o Espirito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de
vir”.(v. 31,32).
Concluir que as obras milagrosas de Cristo – realizadas pelo
Espirito Santo para provar a divindade de Cristo – eram de fato feitas por
Satanás é estar em um estado irremediável de rejeição. Uma vez que os lideres
religiosos viram e ouviram tudo o que Jesus fez e disse, mas ainda estavam
convencidos de que as obras de Jesus eram satânicas, eles eram obviamente um
caso perdido diante de Deus. Concluíram o contrario do que era claramente
verdadeiro e agiram assim a despeito da plena revelação.
O que isso nos diz? Como pode ser aplicado hoje? Em primeiro
lugar,este foi um evento histórico singular que ocorreu quando Cristo estava
fisicamente na Terra. Uma vez que ele não está aqui agora, não há uma aplicação
primária. Talvez haja na “era que há de vir”(o reino milenar), quando Cristo
estiver novamente na Terra.
Há uma aplicação secundaria? Sim, a de que as pessoas
não-regeneradas podem ser perdoadas de qualquer pecado se estiverem dispostas a
se arrepender e vir a Cristo. Mas não pode ser perdoada a blasfêmia continua e
impenitente contra a obra convincente e condenatória do Espirito Santo,
definida como conhecer plenamente os fatos sobre Jesus mas,ainda assim,
atribuir suas obras ao Diabo.
De acordo com João 16 , o Espirito Santo aponta para Jesus
Cristo, convencendo o mundo do pecado , da justiça e do juízo(v. 7-11). Uma vez
que o agente regenerador da Trindade é o Espirito Santo, qualquer pessoa que é
salva, deve, no final, responder à sua
direção. Se a pessoa em vez disso, decidir rejeitar e desdenhar a obra
condenatória do Espirito, não há como ela se tornar um cristão.
Durante a 2ª Guerra Mundial, uma força norte-americana no
Atlantico Norte travou uma batalha violenta contra navios e submarinos inimigos
em uma noite excepcionalmente escura. Seis aviões decolaram de um porta aviões
à procura desses alvos, mas enquanto estavam no ar, foi ordenado um blecaute
total ao porta aviões com o intuito de protege-lo contra ataques. Sem luzes
acesas no deque do porta-aviões , os seis aviões não conseguiram pousar. Os
pilotos transmitiram um pedido pelo rádio para que as luzes ficassem acesas
o tempo necessário para chegarem ao
porta-aviões. Mas, uma vez que todo o porta-aviões com seus vários millhares de
homens, bem como com todos os outros aviões e equipamentos, estavam em perigo,
não se permitiu que nenhuma luz fosse acesa. Quando faltou combustível aos seis
aviões , eles se espatifaram na água gelada e toda a tripulação pereceu para
sempre.
Chegará um momento em que as luzes vão se apagar, quando a
outra oportunidade de ser salvo estará perdida para sempre. Aquele que rejeita
a plena luz pode não ter mais luz – e nenhum perdão. Que isso coloque medo no
coração de todos que agora rejeitam Jesus, mas não no daqueles que o aceitaram
como Salvador e Senhor.
·
Texto extraído do Livro “Salvo sem sombra de
Dúvida” de John MacArthur.
sexta-feira, 21 de março de 2014
O pastorado feminino - Posição de Wayne Grudem em sua Teologia Sistemática.
Parecer de Wayne Grudem sobre o Pastorado Feminino.
DEVEM AS MULHERES SER MINISTRAS DA IGREJA?
A maioria das teologias sistemáticas não inclui uma seção
sobre poderem ou não as mulheres ser ministras da igreja, porque em toda a
história da igreja o pressuposto é que , com bem poucas exceções, apenas os
homens podem ser pastores ou atuar como presbíteros de uma igreja. Nos últimos
anos, porém, surgiu uma grande polêmica no mundo evangélico: podem as mulheres
, assim como os homens , ser pastoras? Podem elas participar de todos os cargos
da igreja? Abordei essa questão mas extensamente em outra obra, mas um breve
resumo do assunto pode ser apresentado aqui.
Precisamos afirmar de inicio que a narrativa da criação de
Genesis 1:27 vê homens e mulheres igualmente criados a imagem de Deus,
portanto, homens e mulheres tem valor igual para Deus, e devem ser vistos como
de valor absolutamente igual para nós e para a igreja , enquanto pessoas. Alem
disso a Biblia garante a homens e mulheres igual acesso a todas as benção da
salvação(veja At 2:17-18; Gl 3:28). Isso é notavelmente afirmado no elevado
respeito e dignidade que Jesus dispensou as mulheres em seu ministério terreno.
Precisamos também admitir que as igrejas evangélicas muitas
vezes tem falhado em reconhecer a plena igualdade entre homens e mulheres, e
assim tem falhado em considerar as mulheres iguais em valor aos homens. O
resultado foi uma trágica falta de reconhecimento de que Deus frequentemente
concede as mulheres dons iguais ou maiores do que os dos homens, falta de
incentivo para que as mulheres tenham plena e livre participação nos diversos
ministérios da igreja e falta de reconhecimento pleno da sabedoria que Deus
concedeu as mulheres com respeito as decisões importantes da vida da igreja. Se
a polemica atual sobre o papel da mulher na igreja puder resultar na
erradicação de alguns desses abusos do passado , a igreja será então
grandemente beneficiada.
Todavia , permanece a questão: Devem as mulheres ser
pastoras ou presbíteras de uma igreja? (ou ainda devem elas desempenhar o papel
de um presbítero numa igreja que adota uma forma de governo alternativa?) Minha
propria conclusão sobre essa questão é que a Biblia não permite que as mulheres
atuem na função de pastor ou presbítero de uma igreja. Essa é também a
conclusão da grande maioria das igrejas em diversas sociedades através da
história. As razões que me parecem ser mais convenientes na resposta a essa
questão são as seguintes:
1-
1 Tm 2:11-14. O único texto bíblico que aborda a
questão mais diretamente é 1 Tm 2:11-14. “ A mulher aprenda em silencio com
toda a submissão. E não permito que a mulher ensine nem exerça autoridade de
homem(sobre o homem- NVI); esteja porém, em silencio. Porém , primeiro, foi
formado Adão, depois , Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão.
Paulo fala aqui sobre a igreja reunida(veja os versículos
8-9). Em tal cenário ele afirma: E não permito que a mulher ensine nem exerça
autoridade sobre o homem.(ver .12). Essas eram as funções dos presbíteros da
igreja e , especialmente dos que conhecemos como pastores na igreja atual. São
especificamente essas funções singulares de um presbítero que Paulo proíbe que
as mulheres exerçam na igreja.
Diversas objeções tem sido levantadas contra essa posição.
a)
Tem se afirmado que esse texto aplica-se somente
a uma situação especifica abordada por Paulo, provavelmente referindo-se as
mulheres que estavam ensinando doutrinas heréticas na igreja de Efeso.Mais tal
objeção não convence, já que o texto de 1 Tm não afirma claramente que as
mulheres estavam de fato ensinando doutrinas falsas.(1 Tm 5:13 citam mulheres
fofoqueiras, mas não mencionavam doutrinas falsas.) Alem do mais, Paulo não
ordena simplesmente que certas mulheres que estão ensinando doutrinas falsas
estejam em silencio, mas diz: E não permito que a mulher ensine, nem exerça
autoridade sobre o homem. Finalmente, a razão que Paulo dá para tal proibição
não é a proposta na referida objeção, mas uma razão muito diferente: A situação
de Adao e Eva antes da queda e antes que houvesse pecado no mundo(veja o vers.
13) e o modo como ocorreu uma inversão de papeis masculinos e femininos na
ocasião da queda(VS. 14). Essas razoes não estão limitadas a uma situação da
igreja de Efeso, mas aplicando-se de modo geral à masculinidade e a
feminilidade.
b)
Alem do mais, tal objeção entende mal os fatos
reais da igreja e do mundo antigo. A educação formal não era exigida da
liderança da igreja no novo testamento nas Escrituras, pois vários apóstolos
não tiveram instrução bíblica formal(veja At 4:13). Por outro lado a capacidade
básica de ler e de estudar as Escrituras podia ser adquirida tanto por homens
como por mulher. ( Observe At 18:26; Rom 16:1; 1 Tm 2:11; Tt 2:3-4). Havia
muitas mulheres bem instruídas no mundo antigo, particularmente num centro
cultural como Efeso.
Finalmente os que assim
argumentam são as vezes incoerentes pelo fato de mostrarem em outros textos que
as mulheres tinham uma posição de liderança na igreja antigo , como no caso de
Priscila. Isso é especialmente relevante para 1 Tm 2, porque Paulo estava
escrevendo para Efeso(1 Tm1:13), que era a igreja de Priscila e Aquila( Veja
At 18:18;19:21).Foi exatamente na igreja
de Efeso que Priscila aprendeu sobre a Biblia o suficiente para ajudar a
instruir Apolo no ano 51 A. D. (At 18:26). Depois , ela provavelmente estudou
com o proprio Paulo por mais 3 anos enquanto ele permaneceu em Efeso
ensinando(Todo o designio de Deus)(At 20:27;conf. VS 31 , também 1 Co 16:19).
Sem duvida , muitas outras mulheres de Efeso seguiram seu exemplo e também
aprenderam com Paulo. Embora eles tenham ido para Roma mais tarde , encontraram
Aquila e Priscila de novo em Efeso no final da vida de Paulo(2 Tm 4:19), por
volta de 67 A.D...Portanto é provável que estavam em Efeso no ano 65, por volta
da ocasião em que Paulo escreveu 1 Tm.(Cerca de 14 anos depois de Priscila ter
ajudado a instruir Apolo). No entanto, Paulo não permitiu nem que a culta
Priscila ou qualquer outra mulher bem instruída de Efeso ensinasse os homens na
assembléia publica da igreja. A razão não era falta de instrução , mas sim a
ordem da criação que Deus estabeleceu entre homens e mulheres.
2-
1 Cor 14:33b-36. De modo semelhante Paulo
afirma:
Como em todas as igrejas dos santos,
conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido
falar, mas estejam submissas como também a lei o determina. Se , porem, querem
aprender alguma coisa, interroguem , em casa, ao seu próprio marido; porque
para a mulher é vergonhoso falar na igreja. Porventura a Palavra de Deus se
originou no meio de vós ou veio ela
exclusivamente para vós outros?
Neste trecho Paulo não pode estar proibindo
todo discurso publico das mulheres na igreja, pois ele claramente permite que
orem e profetizem na igreja em 1 Corintios 11:5, portanto, é melhor entender
esse texto como uma referencia a avaliação e julgamento orais das profecias na
congregação(veja VS 29; tratando-se de profetas falam apenas dois ou três, e os
outros julguem). Ainda que Paulo permita as mulheres falar e profetizar nas
reuniões da igreja ,não lhes permite falar, avaliando ou criticando as
profecias dadas a igreja, pois isso seria uma função de autoridade com respeito
a toda a igreja. Essa interpretação do texto depende da nossa posição sobre o
dom de profecia na época do N.T, isto é, que a profecia não envolve ensino
bíblico com autoridade, nem palavra de Deus equivalente as Escrituras, mas sim
o relatar de algo que Deus traz de modo espontâneo a mente. Deste modo, os
ensinamentos de Paulo são muito coerentes em 1 Cor 14 e em 1 Tm 2: Em ambos os
casos ele está preocupado em preservar a liderança masculina no ensino e no
governo da igreja.
3-
1 Tm 3:1-7 e Tt 1:5-9. Tanto em 1 Tm como em Tito , pressupõe que os
presbíteros são homens. Um presbítero(ou bispo) deve ser “esposo de uma só
mulher”(1 Tm 3:2; também Tt 1:6), e deles se exige que “governe bem a própria
casa”, criando os filhos sob disciplina com todo o respeito”( 1 Tm 3:4).
Alguns podem fazer a objeção de que tais
orientações foram dadas apenas para situação cultural do mundo antigo, quando
as mulheres não tinham boa instrução, mas a mesma resposta dada acima com
respeito a 1 Tm 2 , se aplicaria também neste caso.
4-
A relação entre família e igreja. O Novo
Testamento faz freqüentes relações entre a vida da família e a vida da igreja.
Paulo diz...” Se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da
igreja de Deus”? (1 Tm 3:5). Ele diz a Timoteo:”Não repreendas ao homem idoso;
antes , exorta-o como a pai; aos moços como a irmãos; as mulheres idosas como a
mães; as moças como a irmãs, com toda a pureza”(1 Tm 5:1-2). Diversas outras
passagens poderiam ser citadas, mas o relacionamento próximo entre a familia e
a igreja deve ficar claro.
Por causa dessa relação, é inevitável que os
modelos de liderança na família reflitam os modelos de liderança na igreja e
vice-versa. É muito apropriado que , a medida que homens piedosos cumpram suas
responsabilidades de liderança piedosa na família, devem também cumprir
responsabilidades de liderança na igreja. De modo inverso, se modelos de
liderança forem estabelecidos na igreja, trarão inevitavelmente pressão na
direção de uma liderança feminina maior e da abdicação da liderança masculina
na família.
5-
O exemplo dos Apóstolos. Embora os apóstolos não
sejam equivalentes aos presbíteros nas igrejas locais, ainda assim é importante
reconhecer que Jesus estabeleceu um modelo de liderança masculina na igreja ,
quando designou 12 homens como apóstolos. Simplesmente não é verdade que as
mulheres tem igual acesso a todos os ofícios na igreja, pois Jesus, o cabeça da
igreja, é um homem. E os doze apóstolos que se assentaram nos doze tronos para
julgar as doze tribos de Israel(Veja Mt 19:28), cujos nomes estão escritos no
fundamento da cidade celestial( Ap 21:14) São todos homens. Portanto , não
haverá padronização eterna de papeis iguais para homens e mulheres em todos os
níveis de autoridade na igreja. Ao contrario , há um modelo de liderança
masculina nos supremos papeis de autoridade da igreja, modelos que serão
evidentes para todos os cristãos por toda a eternidade.
Uma objeção levantada contra esse
argumento é a alegação de que a cultura daquela época, não permitia que Jesus
escolhia 6 homens e 6 mulheres , ou ainda 6 casais como apostolo, e que essa
foi a razão porque ele assim não procedeu.Todavia , tal objeção impugna a
integridade e a coragem de Jesus. Ele não temia desobedecer as normas sociais ,
quando o principio moral estava em vista: Ele criticou fariseus publicamente,
curou no Sabado, purificou o templo, falou com
a mulher samaritana, comeu com publicanos e pecadores e comeu sem lavar
as mãos. Se tivesse desejado estabelecer um principio de igual acesso para
homens e mulheres, Jesus certamente o teria feito, apesar da opinião cultural ,
se esse fosse o modelo que ele desejava estabelecer em sua igreja. Mas ele não
fez.
Outra objeção a tal argumento afirma que, se isso é
verdade, apenas judeus podiam ser lideres de nossas igrejas, visto que todos os
12 apostolos também eram judeus. Mas , tal objeção não é convincente por deixar
de reconhecer que a igreja era inteiramente judaica no inicio. Isso aconteceu
porque o plano de Deus era trazer salvação através dos judeus, o que levou os
12 apostolos judeus.No entanto, nas paginas do Novo Testamento, vemos que a
igreja logo expandiu-se e inclui os gentios(Mt 28:19; Ef 2:16) , e os gentios
logo tornaram-se presbíteros e lideres na igreja neo-testamentaria. Um
gentio,(Lucas), escreveu dois livros do Novo Testamento, Lucas e Atos, e
diversos gentios como Tito e Epafrodito foram auxiliares e coordenadores da
obra apostólica de Paulo. De fato , Deus havia revelado progressivamente desde
a época de Abraão(Gn 12:3;17:5) que fazia parte do seu plano incluir finalmente
gentios sem conta entre os que constituem seu povo.
Portanto , ser judeu não era a mesma coisa que ser
homem com respeito aos apóstolos. A igreja começou inteiramente judaica, mas
logo tornou-se judaica e gentílica também. Mas a igreja começou inteiramente masculina e somente mais
tarde veio a incluir mulheres .Os seguidores de Cristo eram homens e mulheres
desde o principio, e tanto homens como mulheres estavam presentes no inicio da
igreja no Pentecostes, por isso essa objeção não convence.
6-
A história da liderança e ensino masculinos por
toda a Bíblia. Às vezes os que se opõem a essa posição aqui apresentada afirmam
que tudo está baseado apenas em um único texto. 1 Tm 2. Diversos argumentos
relacionados mostram que não é esse o caso, mas a outro argumento que pode ser
elaborado: por toda a historia da Biblia , de Genesis a Apocalipse, há um
modelo coerente de liderança masculina no povo de Deus. Embora apareçam
exemplos eventuais de mulheres em
posição de liderança no governo, como rainhas(Atalia reinou como única monarca
em 2 Rs 11:1-20, mas dificilmente seria um exemplo a ser imitado) e juízas(Veja
o caso de Debora em Jz 4-5), e ainda que haja eventualmente profetisas como
Debora e Hulda(Veja Jz 4-5 e 2 Rs 22:14-20), devemos observar que são raras
exceções em circunstancias incomuns. Elas aconteceram em meio a um modelo geral
de liderança masculina no ensino e no governo e, como tais, dificilmente servem
de padrão para o ofício da igreja do Novo Testamento.
Além disso, não há um exemplo em toda a Bíblia de uma mulher realizando o
tipo de ensino bíblico congregacional que se espera de pastores/presbíteros na
igreja do Novo Testamento. No Antigo Testamento
eram os sacerdotes os responsáveis por ensinar o povo, e o sacerdócio
era exclusivamente masculino; alem disso, até as profetisas Debora e Hulda
profetizavam apenas de maneira privada, e não publicamente para um grupo de
pessoas.
7-
A
História da Igreja. Como mencionamos acima, o padrão geral de toda a história
da igreja é que o oficio de pastor/presbítero(ou seu equivalente) tem sido
reservado aos homens. Embora isso não prove conclusivamente que tal posição é
correta, deve ser uma razão para séria reflexão sobre o assunto antes de
declararmos apressadamente que a igreja inteira através da história estava
errada sobre a questão.
8-
Objeções. Numerosas objeções tem sido levantadas
contra a posição aqui esboçada, das quais poucas podem ser tratadas a essa
altura. Argumenta-se que o ministério deve ser determinado pelos dons e não
pelo gênero. Em resposta, precisa ser dito que os dons espirituais tem de ser
usados dentro das orientações dadas nas Escrituras. O Espirito Santo que
concede dons espirituais é o mesmo Espirito Santo que inspirou a Biblia e não
quer que utilizemos os dons em desobediência as suas palavras.
Outra objeção afirma que se Deus de fato chamou uma mulher ao pastorado,
ela não deve ser impedida de assumi-lo. A resposta a tal objeção é semelhante
aquela que acabamos de dar: Uma alegação individual de ter recebido um chamado
de Deus sempre precisa ser provada pela Palavra de Deus nas Escrituras. Se a
Biblia ensina que Deus quer que apenas os homens tenham a responsabilidade
principal do governo e do ensino, relativa ao pastorado, a implicação é que a
Biblia também ensina que Deus não chama mulheres para serem pastoras. No
entanto, devemos acrescentar que muitas vezes o que uma mulher discerne como
chamado divino para o pastorado pode ser de fato um chamado para o ministério
cristão de tempo integral e não para tornar-se pastora/presbitera de uma
igreja. Na verdade, existem muitas oportunidades para um ministério de tempo integral
na igreja local e outros lugares, alem do de pastor-mestre/presbítero – por
exemplo, um cargo na equipe ministerial da igreja na área do aconselhamento, no
ministério com mulheres, na educação cristã, no trabalho com crianças,bem como
na área de musica e adoração,ministério com universitários,evangelização,ajuda
aos necessitados e responsabilidades administrativas que não envolvem atuar no
papel de governo sobre toda a igreja, que pertence ao presbítero. A lista de
ministérios pode ainda ser ampliada, pois não devemos impor restrições se a
Biblia não as impõe, mas antes permitir e incentivar a plena e livre
participação das mulheres bem como dos homens em todas essas outras áreas
administrativas.
Mais uma objeção feita é que a ênfase do Novo Testamento é colocada sobre
a liderança que serve, por isso, não deveríamos nos preocupar tanto com a
autoridade, pois essa é uma preocupação mais pagã do que cristã. O próprio
Jesus é o modelo do líder-servo, embora tenha autoridade – e grande autoridade!
Ele é o Senhor das nossas vidas e da igreja. Por analogia, os presbíteros devem
seguir seu exemplo de líder-servo.(Veja 1 Pd 5:1-5); porém , isso não significa
que devam deixar de governar com autoridade, quando a Biblia der a eles tal responsabilidade(Veja 1 Tm 5:17;Hb 13:17;1 Pd
5:5).
Alguns argumentam que, assim como a igreja finalmente reconheceu que a
escravidão era errada, também a igreja de hoje deve reconhecer que a liderança
masculina está errada, sendo uma tradição cultural ultrapassada que deve ser descartada.
Essa objeção, porem, deixa de reconhecer a diferença entre a instituição temporária
da escravidão , que Deus certamente não estabeleceu na criação, e a existência de
uma diferença de papeis entre homens e
mulheres no casamento(e, por implicação, nas relações no contexto da igreja),
que Deus estabeleceu na criação. As sementes para a destruição da escravidão
foram lançadas no Novo Testamento(Veja Fm 16; Ef 6:9;Col 4:1;1 Tm 6:1-2), mas
nenhuma semente foi lançada para destruir o casamento e as diferenças entre
homem e mulher, conforme foram criados. Alem do mais, a objeção pode ser
invertida: é provável que os cristãos que defenderam a escravidão no século XIX
sejam um paralelo mais próximo das feministas evangélicas que hoje usam
argumentos tirados da Biblia para justificar uma conformidade às pressões
extremamente fortes da sociedade contemporânea( naquela época , em favor da
escravidão , e hoje, em favor do pastorado feminino.).
As vezes argumenta-se que Priscila e Aquila , juntos falaram a Apolo,
expondo-lhe com mais exatidão o caminho de Deus (At 18:26). Isso é verdade, e é
uma prova útil que mostra que a discussão informal das Escrituras feita
juntamente por homens e mulheres é
aprovada pelo Novo Testamento; e nisso homens e mulheres tinham papel
significativo na ajuda mútua na compreensão das Escrituras. Uma vez mais, um
exemplo como esse acautela-nos de proibir o que não é proibido pela Biblia, mas
não derruba o principio de que o papel publicamente reconhecido de governar e
ensinar na igreja restringe-se aos homens. Priscila não estava fazendo nada
contrario a esta restrição.
Às vezes faz-se a objeção que é
incoerente permitir que mulheres votem nas igrejas que possuam governo
congregacional, mas não permitir que sirvam como presbiteras. Todavia a
autoridade da igreja como um todo não é a mesma coisa que autoridade dada a indivíduos
específicos na igreja. Quando afirmamos que a igreja como um todo tem
autoridade, não queremos dizer que cada pessoa, homem ou mulher, na igreja tem
autoridade de falar ou de agir em nome da igreja. Portanto, o gênero , como parte
da personalidade do individuo, não é importante para as decisões conjuntas da
igreja.
Outro meio de expressar isso é afirmar que a única questão que estamos
levantando nessa seção é de poder a mulher ser ou não uma oficial da igreja, e
especificamente se ela pode ser pastora da igreja. No sistema congregacional,
pelo qual os pastores são escolhidos
pela igreja, é evidente para todos da igreja que os pastores(presbíteros) tem
um tipo de autoridade delegada que os outros membros da igreja não possuem,
ainda que eles tenham votado naquela pessoa
anteriormente. É o mesmo que acontece em todos os sistemas de governo em
que os oficiais são eleitos: Uma vez que o presidente dos E.U.A , ou o prefeito
de uma cidade é eleito, ele tem autoridade delegada sobre o povo que o elegeu ,
e tal autoridade é maior do que a de qualquer individuo que tenha votado.
A esta altura , também é adequado reconhecer que Deus tem dado muita
percepção e sabedoria tanto a mulheres como a homens, e quaisquer lideres de
igreja , que negligenciarem usar da sabedoria feminina estão agindo de forma
insensata. Portanto , qualquer grupo de presbíteros ou de lideres que tomam
decisões que atingem toda a igreja deve com freqüência definir procedimentos
por meio dos quais a sabedoria e a percepção dos outros membros da igreja,
especialmente a sabedoria e percepção feminina e masculina, possam servir de
auxilio para tomar boas decisões.
9-
Que dizer dos outros cargos da igreja? Toda a
discussão feita até aqui focalizou a questão de a mulher dever ou não atuar
como pastora ou presbítera da igreja. Mas que dizer dos outros cargos?
O ensino Biblico sobre o oficio diaconal é muito menos discutido do que o ensino sobre o oficio pastoral, e o
que está envolvido no oficio diaconal varia consideravelmente de igreja para
igreja. Se os diáconos estão de fato atuando como presbíteros e são a mais alta
autoridade governante na igreja local, os argumentos apresentados acima contra
o pastorado feminino se aplicariam diretamente a tal situação, e concluir-se-
ia que as Escrituras não permitem que as
mulheres sejam diaconisas nesse sentido. Por outro lado, se os diáconos tem apenas
a responsabilidade administrativa delegada para certos aspectos do ministério
da igreja,parece não haver nenhuma boa razão
para impedir que as mulheres atuem como diaconisas. Com respeito as
mulheres serem diaconisas, em 1 Tm 3:8-13, não parece a este autor que esse
texto permita que as mulheres sejam diaconisas da maneira como se define
diácono naquela situação, mas há uma
diferença expressiva de posições entre os evangélicos sobre a interpretação
dessa passagem bíblica, e em comparação com o presbítero é muito mais difícil saber
exatamente quais as funções de um diácono naquela época.
Com respeito aos outros cargos, como o de tesoureiro, por exemplo, ou
outro cargo, como o de ministro de jovens, conselheiro, ministro de crianças,
etc, a única pergunta a ser feita é se
tais cargos envolvem as funções de governo e de ensino reservadas aos presbíteros(pastores),
no Novo Testamento. Se não for esse o caso,todos esses cargos estarão abertos
tanto para mulheres como para homens, pois temos de ter cuidado de não proibir
o que o Novo Testamento não proíbe.
Plano de aula de Homilética- Curso Basico de Formação de Obreiros.
PLANO DE AULA DE HOMILÉTICA
Objetivos:
·
Conceituar a disciplina levando os alunos a
entenderem a dimensão e importância da mesma para os ouvintes e preletor.
·
Frisar qual sua principal missão.
·
Tratar rapidamente de aspectos como oratória ,
retórica e eloqüência,postura,dicas diversas, sem se delongar, por questão de
tempo
·
Ensinar a estrutura básica de um sermão e os
principais tipos de sermão.
1- DEFININDO E CONCEITUANDO HOMILÉTICA.
Do Gr. “homiletikos”, significa escolhido. É a arte de elaborar
e apresentar sermões. É a disciplina que nos leva a falar com elegância ,
desenvoltura e propriedade bíblica e evangélica.
2- SUA FINALIDADE
Sendo a Homilética a arte de pregar, deve ser considerada a
tarefa mais nobre existente na terra.
3- ELEMENTOS DE UMA BOA ORATÓRIA
A oratória é uma arte ou uma ciência? É um talento natural
ou uma habilidade adquirida? É herdada ou conquistada? Essas perguntas podem
ter em resumo, a seguinte resposta: A oratória é uma arte porque requer
criatividade , e uma ciência, porque exige o conhecimento de técnicas e
princípios. É a obra da natureza, da arte e da prática, segundo os antigos.
Vejamos alguns elementos indispensáveis à boa oratória:
·
EFICIENCIA
É a característica básica da oratória moderna. Ou seja, para
ter sucesso, a oratória tem de atingir determinada finalidade. A oratória de
hoje se caracteriza por objetividade, concisão , simplicidade e
praticabilidade, em contraste com grandiloqüência , verbosidade e linguagem
quase poética do passado.
·
RETÓRICA
É a arte de ordenar o discurso. É a capacidade de organizar
as idéias e os argumentos. Sem retórica o discurso fica uma salada, com idéias
repetidas ou fora de lugar. Quanto mais retórica, mais claro e convincente é o
discurso.
·
ELOQUÊNCIA
É a arte de persuadir. Existem livros inteiros sobre a arte
da persuasão, até nas transações comerciais e nas relações entre vendedor e
cliente. Hoje a eloqüência está mais ligada à simplicidade e à naturalidade.
Leon Fletcher menciona dois segredos que levam oradores profissionais a ter sucesso
na eloqüência:
a)
Não
tentar imitar nenhuma outra pessoa, mas ser orador com personalidade própria,
independente e natural. Seja você mesmo.
b)
Não fazer nenhum discurso sem se preparar
devidamente. Afinal de contas:”A eloqüência consiste em dizer tudo o que
deveria ser dito, e não tudo o que poderia ser dito”. Tome o tempo necessário
para preparar-se.
4- O ESQUELETO DO SERMÃO
Basicamente , Introdução, desenvolvimento e Conclusão.
a)
Como escolher um texto?
·
Escolha um texto que encha o coração.
·
Procure um texto que atinja uma necessidade da
igreja
·
Prefira textos de sentido claro e relevante
·
Prefira textos com enfoque positivo.
·
Prefira textos que apelam à imaginação
·
Prefira textos curtos
·
Concentre-se num só texto
·
Explore a variedade dos textos bíblicos
b)
Passos na interpretação textual.
·
Familiarize-se com o texto.
·
Faça uma exegese do texto.
1-
Relacionando as informações históricas
2-
Identificando os elementos literários.
3-
Destacando os componentes ativos do texto.
4-
Relacionando os elementos do texto.
c)
Determinando título, idéia central e
proposição.
·
Título é o nome que será dado ao sermão, uma
espécie de marketing para vender a idéia e chamar a atenção.
·
A idéia central é o tema especifico e único
dentro do assunto geral.
·
A proposição é a verdade especifica que você se propõe
ensinar em forma de frase de efeito. Está diretamente ligada com o propósito do
sermão, ou seja, com os objetivos que você deseja alcançar.
5- TIPOS DE SERMÃO
Os tipos de sermão podem ser classificados quanto ao assunto
ou quanto ao conteúdo geral. Mesmo nessa classificação , os itens variam de um
autor para outro, mas há uma classificação mais clássica , segundo a qual os
sermões podem ser:
1-
Interpretativos
2-
Éticos
3-
Devocionais
4-
Filosóficos ou apologéticos
5-
Sociais
6-
Evangelísticos
7-
Doutrinarios
Dentre os métodos propostos , o menos complicado e o mais
prático de todos é o método que divide
os sermões em : temáticos, textuais e expositivos. O temático é aquele cujas
idéias básicas se originam de um tema,
independentemente do texto. No textual, as idéias básicas originam-se de um
breve texto da Biblia. No expositivo, as idéias básicas originam-se numa
passagem ou num texto mais longo, que é interpretado em relação a um assunto.
LIVROS CONSULTADOS
A arte de pregar(Robson M.Marinho)
Pregação e pregadores ( Martin Loyd-Jones)
Dicionário Teológico( Claudionor Correa de Andrade)
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