terça-feira, 26 de novembro de 2013

domingo, 24 de novembro de 2013

Falando sério sobre Aconselhamento Pastoral

Anteprojeto da aula de Teologia Pastoral com enfase em Aconselhamento Pastoral , extraído do Livro de Paul Hoff.

Estaremos aprendendo acerca de alguns elementos usados no processo de aconselhamento , tais como , o levantamento de antecedentes, a percepção do caráter do aconselhado, a compreensão de pessoas que sofrem de tensão nervosa e principalmente , a identificação de problemas que podem prejudicar o processo do aconselhamento pastoral, tais como , rodeios e resistencia, silêncio, insucessos e desejo de interromper a ajuda prematuramente. Sem desmerecer os fatores que devem ser considerados para se tomar uma decisão. Por fim o indispensável uso de recursos espirituais.

O Aconselhamento Pastoral se dá nas áreas mais diversas. Uma das principais, senão a principal delas é a conjugal. Segundo pesquisa realizada a tempos atrás , aproximadamente 50% dos casos que levam as pessoas a recorrerem a um conselheiro , estão relacionados á área conjugal. Dada a situação faz-se necessário que o Pastor como conselheiro , se aproprie de conceitos claros acerca de matrimônio, sexo, noivado e namoro. É indispensavel a compreensão dos fatores que conduzem a harmonia conjugal. Os fatores mais importantes são: A manutenção e o cultivo do respeito mutuo, a maturidade emocional, a compreensão das diferenças existentes entre os dois sexos, a importancia da comunicação, o acordo com relação as finanças, o planejamento, o bom relacionamento com sogros, o cultivo de interesses em comum e a participação nas mesmas atividades , dentre outros.
Faz-se necessário uma preparação, e bastante cuidado no que concerne a aconselhamentos pre-conjugal, conjugal e em casos de separação. 

Outra área que não deve ser negligenciada é a dos problemas relacionados ao sexo. São varios , tais como a masturbação, as relações pré-conjugais, a infidelidade conjugal, as perversões sexuais , a homossexualidade e sem deixar de considerar as mães solteiras e o devido aconselhamento nesses casos.

A formação da criança precisa ser considerado pelo Pastor-Conselheiro , como assunto de grande importancia. A necessidade de se estabelecer um lar estável e seguro são a base para esse tipo de aconselhamento.As questões disciplinares, a doação de amor de forma inteligente, a necessidade de compreeneder, ensinar, e guiar as crianças , sem deixar de considerar o aconselhamento de pais e filhos.

A Adolescencia é outro ponto em que o aconselhador deve estar sempre preocupado. Não resta duvida alguma que a adolescencia tem suas complicações. A guisa de introdução é valido para o pastor-conselheiro identificar caracteristicas pertinentes a propria adolescencia,tais como, as mudanças físicas, a busca da realidade, o desenvolvimento social, as questões que dizem respeito a sexo e amor na cabeça do adolescente, o idealismo, a independencia e identidade. Não se pode deixar de considerar os pais dos adolescentes nesse tipo de aconselhamento. Existem em alguns casos problemas nessa relação, que vem de fatores como o distanciamento entre as gerações, o choque entre as normas do lar e as do grupo de companheiros do adolescente, a luta para se conseguir autodeterminação, a preparação dos adolescentes para manter sua fé em Cristo e etc. Um dos problemas que vale a pena considerar aqui, é a delinquencia juvenil. Geralmente os delinquentes juvenis produzem personalidades anti-sociais provocadas por: rejeição, mimos excessivos e falta de identificação.

Outro assunto que precisa ser considerado pelo Pastor como conselheiro é o Alcoolismo e o uso de drogas. Definir o que é alcoolismo e tentar compreender suas varias etapas é um primeiro passo. É extremamente importante considerar os estragos provocados pelo alcoolismo. Por fim, não é bom ignorar os recursos para o tratamento do alcoolismo em alguns casos. Frisar a importancia da família na recuperação do alcoolatra. Por fim muitos dos elementos acima citados também valem em casos de uso de drogas ilicitas, tais como a maconha, cocaína, craque e etc.

Outra área que merece destaque no Aconselhamento pastoral é o controle das emoçoes. Sem desmerecer obviamente as questões de caráter espiritual a respeito do tema, precisamos também salientar fatores psicologicos. Problemas tais quais a ira, o egoísmo, a tendencia perfeccionista, o abrigar em si suspeitas, medo e ansiedade , a culpa , dentre outros , precisam ser seriamente encarados no gabinete pastoral. Por fim nessa area, não se pode deixar de olhar de maneira cuidadosa para os problemas de depressão e suicídio que estão tão presentes e frequentes atualmente. O pastor-conselheiro precisa levar a serio o aconselhamento de pessoas deprimidas, bem como o aconselhamento de pessoas com idéias suicidas.

Por fim encerro falando sobre as questões relacionadas a enfermidade, doenças terminais e angústia. Uma das melhores oportunidades para se ministrar em nome do Senhor surge no cenário da doença, ou quando a morte se aproxima. Por outro lado, o pior erro que o pastor pode cometer é nao visitar os enfermos e os doentes terminais. No aconselhamento dos doentes terminais, por exemplo, existem 5 etapas consecutivas pelas quais passam o desenganado. são elas a negação da realidade e o isolamento, a questão da aceitação da verdade do diagnóstico, a negociação, a depressão e a aceitação. Por fim vale a pena salientar a questão da perda, ou melhor dizendo, a angustia da perda. É preciso entender o processo de enfrentar a aflição, bem como suas etapas e a necessidade de orientação pastoral nesse momento. São basicamente 3 etapas: A fase da crise, A fase crucial e a fase da readaptação.

O trabalho do Pastor como Conselheiro tem muitas facetas e é deveras muito importante. Para lograr êxito , o pastor precisa compreender o carater dos problemas humanos e saber como ajudar as pessoas. Que Deus nos ajude no aprendizado dos principais fundamentos que nos ajudarão a cumprir o santo ministério de maneira mais adequada.

Amém.

Alisson de Almeida.

Resposta sobre uma questão interessante proposta por um amigo no Facebook.

  • Alisson de Almeida Graça e paz irmão Presb Marlucio Eloi. É bem provável que eu não consiga derimir sua duvida concernente a sua pergunta, por se tratar de um dos textos paulinos mais controversos e debatidos pelos estudiosos. Antes de expor meu ponto de vista no que concerne a pergunta que o senhor propôs em si, preciso dizer que a melhor maneira de entendermos um texto é avaliando o seu contexto. Uma lida nos capítulos 6 e 8 de Romanos seriam de grande valia para uma melhor compreensão ou pelo menos para uma compreensão isenta de graves equívocos. Toda a dissertação gira em torno da questão da Lei em relação ao homem.Alguns estudiosos afirmam que Paulo estava sendo acusado de atribuir a culpa do pecado a Lei, ou seja, a lei é a principal razão que pode levar um homem a pecar.Crendo desta forma , obviamente vamos deduzir que Paulo está trazendo esclarecimentos relacionados a essa acusação.Outro ponto divergente e que determinará uma ou outra compreensão desse texto , diz respeito a questão da autobiografia, ou seja, quem é o homem ao qual Paulo se refere? O texto seria autobiografico ou não? outra duvida que mata(rsrs) com relação a esse texto é : Paulo aqui estava descrevendo um homem regenerado ou um não irregenerado? O Dr. Martin Loyd-Jones por exemplo prefere não usar esse tipo de critério uma vez que segundo a sua propria avaliação , se optarmos por um homem regenerado , teremos serios problemas e se optarmos pelo irregenerado, não estaremos isentos dos mesmos. Ele conclui o seu pensamento dizendo: " O versículo 15 , podemos dizê-lo com certeza, diz respeito ao homem que chegou a ver o caráter espiritual da lei. E vê que deve cumprí-la. E , na verdade, a descrição de um homem que "quer" cumprir a lei, porém na prática vê que não pode. Ele vê que a lei é espiritual; admira-a, deseja cumpri-la, mas, ainda que tente quanto puder e quiser,não a consegue cumprir". Já F.F. Bruce prefere ser sucinto em sua conclusão do verso dizendo somente que "Paulo tem dentro de si uma testemunha independente, a voz da consciência, a qual, condenando seu fracasso na guarda da lei, dá testemunho de que a lei é santa, e justa e boa. Jhon Macarthur declara que " O pecado não mais controla o homem por inteiro, como ocorre com o incrédulo, mas mantém cativo os membros do cristão, ou o seu corpo carnal. O pecado contamina e frustra seus desejos interiores de obedecer a vontade de Deus". Ele conclui o verso 15 dizendo:"Paulo se via fazendo coisas que não aprovava". Diante de todos os varios expositores e pontos de vista com relação ao texto, vale a pena salientar dois pontos que considero pertinentes antes de expor o que penso sobre sua pergunta. Primeiro, não aceito a proposta de que "paulo fazia o que não aprovava" se refira a pratica de pecados deliberados. Segundo, penso que se examinarmos o texto de forma mais minuciosa , perceberemos que paulo está falando do pecado como condição e/ou estado. Respondendo a pergunta do senhor, proponho que façamos a distinção de pecado e pecados. Obviamente essa regra tem suas excessões, porém se faz em extremo proveitosa para o que de fato nos interessa aqui. Proponho que aqui pecado esteja relacionado a uma condição de pecado, ou seja, ao pecado original, e não a pratica de pecados deliberados. Concluindo, preciso dizer o porque que não aceito a cadeia de pensamento que tenta explicar a questão do que Paulo praticava que não aprovava como pecados deliberados, porque se assim o fosse, eu teria que considerar Paulo um demagogo, contraditório e não digno de crédito. Por outro lado , não é o caso de dizer aqui que Paulo nao cometia pecados. Obviamente , nem o proprio apostolo ostenta tal, porem não creio que ele aqui esteja usando esse argumento para tentar justificar a pratica do pecado voluntario e deliberado. Por outro lado discordo dessa proposta por ser a valvula de escape dos que procuram justificar a pratica de atos de pecado deliberado superestimando seus "pecados de estimação" tentando desta maneira, distorcer o pensamento paulino , para fundamentar a pratica desses "pecados de estimação". Por essa razão só posso dizer que Paulo certamente se referia a sensação que todo cristão devoto tem de que por mais que queiramos agradar a Deus, sempre nos vemos num combate enorme com os resquicios de nossa natureza decaída que aguarda sua redenção final. Que Deus abençoe meu amado.