sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O perigo dos Extremos. Relativos e Absolutos

Graça e paz a todos os leitores.Nesta feita movido por um sentimento de cuidado , compartilho as coisas que aqui voces lerao. Encontro por ai irmãos e irmãs confusas doutrinariamente falando, sem ter noção do certo e do errado, do absoluto e do relativo, do divino e do humano, dentre tantas outras áreas do conhecimento humano. Cuidado para não relativizar o que não pode ser relativo. Cuidado para não ser radical demais e extremista naquilo que de fato pode ser relativo à. São problemas comuns na nossa geração. As vezes tenho a impressao que vivemos numa geração evangelica confusa demais, insegura, sem norte, sem rumo, sem discernimento. A necessidade de conhecimento biblico hoje é maior do que em todos os tempos, dada a multiplicação de escolas de pensamento teologico contemporao. É preciso defender a fé uma vez confiada aos santos, é preciso valorizar os pilares fixados pelas testemunhas fieis que resistiram até o sangue na luta contra o pecado para que herdássemos o legado que nos foi deixado. É preciso conhecer mais do que nunca as máximas da Escritura Sagrada para que não sejamos enganados pelos falsos mestres da atualidade que com aparencia de piedade trazem seus ensinos distorcidos , na maioria das vezes letais a fé. É preciso buscar respostas na Palavra tendo-a como regra de norma, fé e conduta diaria para que não nos enveredemos pelos abismos da apostasia. É imprescindivel conhecer o que se serve a mesa, para que não haja morte na panela. O fermento da falsa religiosidade e das tradicoes humanisticas não pode jamais suplantar os asmos da verdade e da sinceridade da Palavra inspirada, infalivel e inerrante de nosso Senhor. Que o Senhor nos conceda discernimento nestes ultimos dias para não descambarmos para os extremos que na maioria das vezes traz mais prejuizos que beneficios para o povo de Deus. O ponto de equilibrio em alguns casos deve ser o padrao, porem se não houver como estabelecer tal ponto, que as Escrituras estejam acima de todo o pensamento e interpretação biblico-teologicas. Nem tudo vai fazer sentido para o homem natural que não compreende as coisas de Deus porque lhe parecem loucura e não pode discerni-las. As coisas espirituais se discernem espiritualmente e não dá pra tentar enquadrar verdades espirituais nas malhas da logica humana , bem como da razao. Existem algumas questoes nas Escrituras que fogem do dominio da logica e da razão, e são compreendidas e aceitas simplesmente por meio da fé. Sejamos maduros na fé para não sermos como meninos inconstantes levados por todo vento de ensino pregado atualmente. Desejemos ardentemente o genuino leite racional não falsificado , para que por meio dele cresçamos em graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Cuidado com os extremos. Lampada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho. Sl 119:105

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Falando sério sobre Dispensacionalismo

Graça e paz a todos. Certamente todos ou quase todos ja ouviram falar no dispensacionalismo.Entretanto, vejo que poucos conhecem um pouco da historia dessa corrente de pensamento teologico,de forma que vou resumidamente falar sobre ele. Ele surgiu nos meados do seculo 19 na Inglaterra como reação ao estado de frieza e liberalismo encontrados na igreja oficial,ou seja,a igreja Anglicana.Este método de interpretação bíblica foi criado por John Nelson Darby(1800-82) e popularizado nos E.U.A. e em outras partes do mundo pelas notas e referencias da Bíblia Scofield, que foi publicada pela primeira vez em 1909. Partindo do texto de 2 Timoteo 2:15, e entendendo em sentido literal o verbo grego "orthomoteo", ali empregado, como faz a Versão Inglesa King James, o movimento julgou encontrar neste texto a chave para a "correta" interpretação da Biblia, ao traduzir aquele verbo como "dividir corretamente" e não "manejar corretamente" a palavra da verdade, como temos em nossas versões em Português. Dessa forma o movimento passou a "dividir" em "dispensações" o modo como Deus tem administrado seu plano para a salvação do homem ao longo da história. As dispensaçoes alem de diferentes são também separadas entre si, como uma especie de compartimentos, sendo que em cada uma, Deus tratou ou trata os homens de um modo peculiarmente diferente, inclusive no que tange a salvação. Nos esquemas de Darby e Scofield há um total de sete dispensações, sendo que atualmente estamos na sexta, chamada dispensação da graça ou igreja. Ao mesmo tempo em que a maioria dos estudiosos biblicos pressupoe o dispensacionalismo como uma interpretação erronea e mal informada das Escrituras, há muitos seguidores entre as massas.Um dado relevante é que a hermeneutica dispensacionalista se caracteriza também,dentre outros pelos seguintes pontos: a) Uma dicotomia rigida entre Israel e a Igreja. b) Uma interpretação literalista das escrituras, especialmente com respeito a profecias; c) Uma distinção contrastante entre lei e graça, e , d) Uma distinçao contrastante entre reino terreno e reino espiritual. As implicações mais serias dessa escola de pensamento está nas áreas da eclesiologia e da soteriologia, embora no Brasil as mais enfatizadas sejam as de natureza escatologica. Concluo esse artigo tomando emprestadas as palavras de Pink: "A Biblia ensina que Deus tem apenas um povo a que chama de seu, apenas um modo de salva-lo, apenas um proposito final para ele, sem distinção de etnias, classes ou épocas. E toda a Bíblia (Velho e Novo Testamentos) se aplica a esse único povo e todo ele em todos os tempos e lugares". Fontes: -Breve Dicionário de Teologia- Justo Gonzalez( Editora Hagnos) _Dispensacionalismo, uma análise- Arthur W. Pink(Editora PES)